MATO GROSSO
Sorriso: secretário confirma suspensão de concurso público por 90 dias até MP investigar
MATO GROSSO
O secretário de Administração, Estevam Húngaro Calvo FIlho confirmou, há pouco, que o concurso público da prefeitura está suspenso por 90 dias e a administração vai “encaminhar toda a documentação ao Ministério Público e solicitar, hoje, uma investigação apurada sobre os fatos. Para nós, na prefeitura, não chegou qualquer indício de irregularidade com relação ao concurso no município de Sorriso. Mas, diante dos fatos que ocorreram (em outro município e que desencadeou operação da Polícia Civil), nós não nos sentimos seguros em dar prosseguimento a esse concurso e, em razão disso estamos suspendendo”, confirmou.
Estevam explicou que o concurso passará por análise e, caso o MP encontre indícios ou provas que teria ocorrida irregularidade no concurso em Sorriso (feito pela mesma empresa investigada pela polícia), a prefeitura irá cancelar o concurso. “Ao par disso, eu enquanto secretário de Administração, também tenho que opinar sobre o fato e analiso da seguinte forma: em razão do princípio da moralidade, interesse público e segurança jurídica, os fatos que ocorreram com a empresa que licitou e ganhou em Sorriso, coloca o contrato dela sob suspeita, em razão disso nós vamos analisar de forma criteriosa e se realmente encontrarmos esse fundamento de que pelo princípio da moralidade e segurança jurídica, cancelaremos o concurso”, declarou.
Ainda de acordo com Estevam, “todos os documentos que chegaram para nós, não nos autoriza cancelar aquele contrato firmado anteriormente, já que é licitatório. Recebemos algumas denúncias, todas foram encaminhadas ao Ministério Público. Então, existe sim uma investigação há tempos atrás, desde quando fomos procurados e tivemos fatos apresentamos para nós. O que ocorreu agora é um fato novo e muito mais grave, com prisão de pessoas inclusive, de políticos. Em razão destes fatos estamos suspendendo e analisando, naquele primeiro momento a comissão analisou e não encontrou nenhum fato grave a ponto de cancelar ou suspender o concurso que estava em andamento.
O secretário disse que não é analisada, no momentos hipótese de cancelamento do concurso em Sorriso. “Aqui não teve nenhum fato, nenhuma denúncia concreta com algum elemento de prova de que estaria tendo alguma fraude em Sorriso. A comissão então entendeu por bem manter. Não podemos pré-julgar, temos que dar o direito de defesa, como em Sorriso foi dada a garantia a ampla defesa. Até o presente momento não foi anulado. Agora, se chegarmos em a informação de que há realmente alguma falha, cancelaremos”. “O município de Sorriso não gastou nenhum real ainda com esse concurso, porque só será pago algum valor ao final do contrato, se for entregue todo o processo, o que provavelmente não irá acontecer”, concluiu.
A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou, no último dia 29, a operação Ápate com 84 ordens judiciais a investigados por fraude em concurso da prefeitura de Mirassol D’Oeste (300 km de Cuiabá). O operador do esquema responsável por intermediar a compra do gabarito, entre candidatos e responsável pela empresa realizadora do concurso, foi preso. Outras pessoas investigadas, entre elas a chefe de gabinete da prefeitura, o vice-prefeito de Porto Esperidião, o dono da empresa, também foram presos preventivamente.
Em instantes mais detalhes.


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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