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“Tocar na banda da minha escola deu mais sentido à vida”, diz estudante

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Conforme a melodia tocada pela Banda de Percussão na quadra poliesportiva vai invadindo os corredores da Escola Estadual ‘Elizabet Evangelista’, em Rosário Oeste, rostos de estudantes curiosos vão aparecendo para ouvir e apreciar o ensaio de 70 estudantes que participam desta atividade complementar dentro das rotinas de Artes (Educart).

Dentre eles, o estudante Felipe Andrade Neves, 17 anos, do 3º ano do Ensino Médio, se destaca não como espectador, mas como protagonista. Com a sua Lira, ele se sobressai na banda. Como presidente do grêmio estudantil da escola, também se torna exemplo de liderança e compartilha com os colegas a transformação que a aula de música lhe proporciona.

“Tocar na banda da minha escola deu mais sentido à vida”, diz, ao comparar o seu desenvolvimento nas artes com todas as demais atividades escolares. “Considero a música importante para a nossa integração na escola e posso afirmar que, além de estimular o bom convívio social e da autoestima, contribui com o meu desenvolvimento em sala de aula sobretudo em Matemática”, conta.

Outro estudante que compartilha da sua experiência com a banda é Roberty da Costa Figueiredo, 16 anos, do 2º ano do Ensino Médio. Ele é o líder da bateria e, muitas das habilidades que adquire com os instrumentos musicais, as transfere para a sala de aula e para a convivência com os seus colegas.

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“Tocar um instrumento musical, por mais simples que ele seja, exige de nós aprimoramento constante. Além de ficarmos cada vez melhores, essa percepção e rotina também nos leva a uma evolução considerável em sala de aula. Lá, também temos que ser os melhores com as apostilas, livros, Chromebooks, robótica educacional e plataformas digitais, por exemplo”, falou Roberty.

O professor do projeto Educart, de Matemática e regente da banda, Alaercio Lemes, lembra que desde 2015 esse trabalho vem contribuindo com a formação educacional e também social dos estudantes. “Tanto o Felipe quanto o Roberty refletem as qualidades dos demais estudantes que participam da banda ou que são apenas espectadores. Além da formação musical, trabalhamos conceitos matemáticos de forma interdisciplinar como tempos, ritmos, divisão, disciplina, concentração, coordenação motora e, principalmente, aspectos ligados à liderança e ao protagonismo”.

O regente observa que, além da banda, há o Corpo Coreográfico formado por 14 estudantes de diversas turmas. “É impressionante o que a música e a dança provocam na vida desses meninos e meninas. A música é uma linguagem universal e une, cada vez mais, os nossos estudantes em torno da cultura de paz na escola e dos saberes. Afinal, eles precisam e vão vencer na vida tendo como base essa educação que a Rede Estadual lhes proporciona. O nosso desafio será, no segundo semestre, criar mais uma turma para que os estudantes que apenas nos assistem sejam os próximos rostos da nossa banda”.

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A rotina de aulas com a banda acontece cinco dias por semana, com cerca de 1h30 de aula. Uma atividade que, segundo o regente, tem o apoio da gestão escolar e pedagógica. “Em nossa escola, vejo que a música e coreografia por meio das atividades da Banda de Percussão se tornou uma atividade que possibilita aos estudantes a percepção da criação, melhora a expressão em sala de aula e demais atividades e também reduz os conflitos no pátio da escola. Além de conhecimento, transmite muita paz a todos”, comemora a diretora Maria Celia Fernandes Martins.

Fonte: Governo MT – MT

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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