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Conselho de Segurança da ONU deve analisar hoje crise na Ucrânia

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O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) votará, ainda hoje (27), uma resolução pedindo uma reunião de emergência da Assembleia Geral da ONU sobre a ação militar da Rússia na Ucrânia. Na reunião desta tarde, o conselho vai invocar um mecanismo chamado Unidos pela Paz (Uniting for Peace, em inglês), com base na resolução 377 da Assembleia Geral, aprovada em 1950.

A resolução diz que a Assembleia Geral, composta pelos 193 países-membros, pode tomar medidas se o Conselho de Segurança não agir, devido ao voto negativo de um de seus cinco membros permanentes, em caso de ameaça ou uma violação da paz ou um ato de agressão.

A assembleia pode considerar o assunto imediatamente com a intenção de anunciar recomendações aos estados membros para tomarem medidas coletivas para manter ou restaurar a paz e a segurança internacionais.

Emergência

Na sexta-feira (25), a Rússia, um dos cinco países-membros com poder de veto, votou contra uma resolução que condenava a invasão à Ucrânia. Esta é a primeira vez, desde 1982, que o Conselho de Segurança pede uma sessão de emergência da Assembleia Geral.

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Ontem (26), o secretário-geral da ONU, Antônio Guterres, telefonou para o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy. Na conversa, Guterres reafirmou a determinação das Nações Unidas em ampliar a assistência à população da Ucrânia. Ele informou, ainda, que a ONU lançará, na terça-feira (1º), um apelo para angariar fundos para as operações humanitárias.

Em balanço divulgado neste domingo, o Escritório da ONU para Coordenação de Assuntos Humanitários, informou que pelo menos 64 civis foram mortos e cerca de 180 ficaram feridos. Pelo menos 368 mil ucranianos já cruzaram as fronteiras em direção a países vizinhos.

*Com informações da agência ONU News. Título alterado ás 16h07 para esclarecer informação: a reunião de hoje é do Conselho de Segurança, não da Assembleia Geral.

Edição: Kleber Sampaio

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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