MUNDO
Coreia do Norte dispara mais 2 mísseis e EUA condenam série de testes
MUNDO
A Coreia do Norte disparou o que pareciam ser dois mísseis balísticos nesta quinta-feira (27), atraindo críticas dos Estados Unidos (EUA) à sexta rodada de testes neste mês.
A série é uma das maiores já lançadas em um mês, segundo analistas, e o país começa 2022 com forte demonstração de novos armamentos operacionais.
O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul (JCS) disse que detectou o lançamento, do que presumiu serem dois mísseis balísticos, por volta das 8h (horário local), a partir da região de Hamhung, na costa leste da Coreia do Norte. Os projéteis viajaram por cerca de 190 quilômetros (km) até uma altitude de 20 km, acrescentou o JCS.
Neste mês, país anunciou que iria intensificar defesas contra os EUA e avaliar a retomada de “todas as atividades que haviam sido temporariamente suspensas”. O comentário, aparentemente, refere-se à moratória autoimposta de testes de armas nucleares e mísseis de longo alcance.
O lançamento ocorreu após a Coreia do Norte disparar dois mísseis de cruzeiro no mar, a partir da costa leste, na terça-feira (25), aumentando a tensão causada pelos testes.
No início do mês, o país lançou mísseis táticos guiados, dois “mísseis hipersônicos” capazes de serem manobrados e de atingir altas velocidades, além de sistema ferroviário de lançamento de mísseis.
“O regime de Kim Jong-un está desenvolvendo diversidade de armas ofensivas, apesar dos recursos limitados e dos desafios econômicos”, disse Leif-Eric Easley, professor de Assuntos Internacionais da Universidade Ewha em Seul.
Alguns testes buscam desenvolver novas capacidades, especialmente de evasão das defesas de mísseis, outros tentam demonstrar prontidão e versatilidade dos equipamentos que a Coreia do Norte já mostrou, acrescentou.
“Alguns observadores sugeriram que os lançamentos frequentes do regime de Kim representam pedido de atenção, mas Pyongyang está correndo muito no que considera corrida armamentista contra Seul”, disse Easley.
Em discurso na Conferência do Desarmamento da Organização das Nações Unidas (ONU), na terça-feira, o embaixador da Coreia do Norte na ONU, Han Tae Song, acusou os EUA de promoverem centenas de “exercícios conjuntos de guerra”, e enviar equipamentos militares ofensivos de alta tecnologia para a Coreia do Sul, além de armas nucleares estratégicas para a região.
“Isso está ameaçando seriamente a segurança do nosso Estado”, observou Han.
Porta-voz do Departamento de Estado dos EUA condenou os lançamentos como violação de várias resoluções do Conselho de Segurança da ONU e ameaça aos vizinhos da Coreia do Norte e à comunidade internacional.
Os Estados Unidos continuam comprometidos com a abordagem diplomática e pedem que a Coreia do Norte participe do diálogo, disse o porta-voz.


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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