MUNDO
Donald Trump vence disputa entre republicanos em Iowa
MUNDO
Donald Trump garantiu uma vitória esmagadora na primeira disputa presidencial republicana de 2024, em Iowa, na segunda-feira, afirmando seu comando sobre o partido, apesar de enfrentar uma série de acusações criminais, enquanto busca uma revanche eleitoral com o presidente norte-americano, Joe Biden.
Trump obteve mais da metade dos votos, impulsionando-o para o que promete ser uma campanha eleitoral acirrada contra o democrata Biden, em novembro.
O governador da Flórida, Ron DeSantis, de 45 anos, terminou bem atrás de Trump, em segundo lugar em Iowa, superando a ex-embaixadora dos Estados Unidos na ONU Nikki Haley, de 51 anos, com ambos não conseguindo emergir como oponente principal.
Trump, de 77 anos, venceu por uma margem sem precedentes para uma disputa republicana em Iowa, reforçando o argumento de que sua indicação é uma conclusão óbvia, dada sua enorme liderança nas pesquisas nacionais.
Trump obteve 51%, DeSantis 21% e Haley 19%, com 99% dos votos computados, de acordo com a Edison Research. Essa margem de vitória superou em muito o recorde anterior, de 12,8 pontos percentuais, de Bob Dole em 1988.
“Obrigado Lowa, eu amo todos vocês!!!”, escreveu Trump em sua plataforma de mídia social, Truth Social.
Ele espera acelerar o processo de indicação republicano, que normalmente dura meses, com uma série de vitórias convincentes nas primeiras primárias para forçar a saída de seus rivais.
O empresário Vivek Ramaswamy encerrou sua candidatura presidencial depois de ganhar pouco menos de 8% dos votos na segunda-feira e manifestou apoio a Trump.
Os candidatos mudam o foco imediatamente para New Hampshire na terça-feira. Os republicanos mais moderados do Estado escolherão seu candidato na próxima terça-feira, e as pesquisas mostram Trump com uma vantagem menor sobre Haley lá, e DeSantis bem atrás.
Problemas legais
O desempenho de Trump em Iowa mostrou sua popularidade duradoura entre os eleitores republicanos, mesmo após o ataque ao Capitólio dos EUA em 6 de janeiro de 2021 por uma multidão de seus apoiadores e suas 91 acusações criminais por tentar anular a eleição de 2020, reter documentos confidenciais depois de deixar a Casa Branca e falsificar registros sobre pagamentos de dinheiro uma estrela pornô.
Trump tem usado suas dificuldades jurídicas para arrecadar fundos e aumentar seu apoio enquanto alega inocência e diz que é vítima de uma “caça às bruxas”.
Quase dois terços dos participantes do caucus (convenção política) de Iowa apoiaram suas falsas alegações sobre fraude eleitoral na eleição presidencial de 2020, dizendo que não achavam que Biden tivesse legitimamente vencido Trump.
Mais de 60% disseram que Trump ainda estaria apto a atuar como presidente mesmo se fosse condenado por um crime.
Trump dominou em todos os setores, de acordo com uma pesquisa Edison: ele conquistou a maioria entre homens e mulheres; entre os que se consideram muito conservadores, um pouco conservadores e independentes; entre os que concluíram faculdade e os que não concluíram.
Ele capturou a maioria dos republicanos que colocavam a imigração como a sua principal preocupação – e a maioria daqueles que disseram que a economia era a sua principal preocupação.
“Na ausência de uma rápida consolidação do campo, Trump parece estar no caminho para a nomeação”, disse Jimmy Centers, um estrategista republicano baseado em Iowa.
Fonte: EBC Internacional


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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