MUNDO
Embaixador na ONU diz que Brasil está preocupado com os vulneráveis
MUNDO
O embaixador João Genésio de Almeida, representante permanente adjunto do Brasil junto à Organização Nações Unidas (ONU), afirmou hoje (23) durante sessão emergencial da Assembleia-Geral, que o Brasil está preocupado com os efeitos da invasão da Ucrânia pela Rússia para as pessoas mais vulneráveis, “inclusive com os relatos de dificuldades para retirar pessoas com deficiências”.
“Os civis que desejam fugir das hostilidades devem poder fazê-lo em segurança, e aqueles que decidem ficar não podem tornar-se alvos de ataques. Da mesma forma, as partes devem conceder passagem segura a remessas de socorro aos necessitados”, defendeu o embaixador.
Genésio de Almeida disse que é preciso cuidar não apenas dos refugiados, mas também dos cidadãos que ficaram na Ucrânia, reforçando a importância do fim das hostilidades. Ele alertou que a guerra pode ter um impacto devastador na segurança alimentar e aumentar o risco na fome no mundo todo, principalmente em países em desenvolvimento. O embaixador disse que as sanções indiscriminadas também podem ter efeitos negativos para os mais pobres, que estão ainda tentando se recuperar dos danos da pandemia.
“Independentemente das causas de um conflito, uma vez que ele irrompe os civis devem ser poupados, os feridos devem receber cuidados médicos, a assistência humanitária deve chegar aos necessitados e os detidos devem ser tratados com humanidade em todas as circunstâncias”, disse.
Ucrânia
Sergiy Kyslytsya, embaixador da Ucrânia na ONU, lembrou que amanhã (24) faz um mês que começou a invasão russa. “Um mês desde que a vida dos ucranianos foi dividida em duas partes: um passado pacífico e o agora, cheio de guerra, sofrimento, morte e destruição”.
Kyslytsya chamou a atenção que cidadãos ucranianos estão morrendo de fome e sendo mortos enquanto tentam fugir de cidades destruídas. Ele pediu aos países integrantes da ONU assinassem uma resolução que pede o fim imediato das agressões pela Rússia.
Rússia
Vassily Nebenzya, o embaixador russo, por sua vez, pediu aos países que não votem a favor da resolução apresentada pela Ucrânia que, segundo ele, foi apresentada no contexto dos esforços antirussos.
Nebenzya afirmou que apresentará uma resolução humanitária apoiada pela Rússia no Conselho de Segurança. “Se nossos colegas ocidentais no Conselho de Segurança estavam realmente preocupados com a situação humanitária no local, eles têm a oportunidade de votar em nosso projeto de resolução humanitária”.
Edição: Fernando Fraga


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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