MUNDO
Flórida avalia danos enquanto Idalia leva chuva forte a outros estados
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A tempestade tropical Idalia atingiu nesta quinta-feira os estados norte-americanos da Carolina do Sul e da Carolina do Norte com chuvas torrenciais que ameaçavam provocar inundações repentinas, enquanto autoridades da Flórida começaram a avaliar os danos causados quando o sistema atravessou a Costa do Golfo como um furacão categoria 3.
Na região de Big Bend, na Flórida, o Idalia deixou um rastro de casas derrubadas e veículos destruídos, e forçou equipes a fazer dezenas de resgates em barcos em águas profundas, mas no geral a destruição não foi tão severa quanto se temia. Houve três mortes confirmadas ligadas à tempestade e outra no Estado da Geórgia.
O final da tempestade estava produzindo chuvas que poderiam atingir até 250 mm em alguns pontos ao longo da costa das Carolinas do Norte e do Sul, segundo o Serviço Meteorológico Nacional dos EUA (NWS).
A partir do meio-dia, o centro da tempestade movia-se para leste, ao longo da costa da Carolina do Norte, cerca de 195 quilômetros a sudeste de Cape Lookout, com ventos de 105 quilômetros por hora. A previsão era que ele fosse para o mar na noite de quinta-feira.
As condições difíceis nas Carolinas ocorrem um dia depois do Idalia ter chegado ao continente em Keaton Beach, em Big Bend, na Flórida, onde a região conhecida como “panhandle”, ou “cabo da panela”, encontra sua península, castigando o litoral com ventos constantes de até 200 km/h, chuvas torrenciais e ondas fortes.
Imagens de vídeo de Horseshoe Beach, cerca de 50 quilômetros ao sul de onde o furacão chegou ao continente, mostraram restos dispersos de trailers que foram destruídos pelo Idalia, deixando apenas plataformas de concreto nuas. Outros trailers tombaram e deslizaram para dentro de lagoas, e as docas para barcos foram reduzidas a pilhas de madeira lascada.
John “Sparky” Abrandt, um aposentado de 77 anos que mora na comunidade, disse que se sentiu aliviado ao ver os danos em sua casa, embora as janelas tenham sido quebradas e os utensílios domésticos espalhados.
“Estou me sentindo ótimo. A casa ainda está aqui”, disse ele.
As autoridades locais, estaduais e federais irão avaliar a extensão total dos danos nos próximos dias. As perdas de propriedades seguradas na Flórida foram projetadas em 9,36 bilhões de dólares, disse o banco de investimento UBS em uma nota de pesquisa.
“Vimos muitos danos de partir o coração”, disse o governador Ron DeSantis durante uma coletiva de imprensa à tarde, depois de visitar três comunidades perto de onde o furacão atingiu o continente.
O presidente dos EUA, Joe Biden, aprovou uma declaração de grande desastre para vários condados da Flórida duramente atingidos, disse a diretora da Agência Federal de Gerenciamento de Emergências (Fema), Deanne Criswell, após visitar a área com DeSantis.
Apesar dos graves danos causados às casas nas comunidades costeiras, o Idalia foi muito menos destrutivo do que o furacão Ian, uma tempestade de categoria 5 que atingiu a Flórida em setembro passado, matando 150 pessoas e causando danos no valor de 112 bilhões de dólares.
(Reportagem de Maria Alejandra Cardona em Steinhatchee, Flórida, e Marco Bello em Cedar Key, Flórida; reportagem adicional de Rich McKay e Brendan O’Brien)
* É proibida reprodução deste conteúdo
Fonte: EBC Internacional


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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