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ONU: países pedem cessar-fogo russo e solução pacífica para conflito

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No quinto dia da ofensiva russa contra a Ucrânia, a sessão emergencial da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, foi aberta nesta segunda-feira (28), pelo presidente Abdulla Shahid, com um pedido de um minuto de silêncio em homenagem às vítimas do confronto.

Com o respaldo dos chefes da entidade de que o conflito fere a lei internacional, Shahid defendeu um cessar-fogo imediato. “Temos que parar a guerra imediatamente”, frisou. Ele também disse que as consequências humanitária dos conflitos “serão devastadoras”.

Ao lembrar a reunião de delegações entre a Rússia e a Ucrânia na fronteira com Belarus, que ocorre hoje paralelamente à reunião da ONU, Abdulla Shahid avaliou que “abriu-se uma janela para o diálogo, uma sombra de esperança”. “Temos que dar uma oportunidade para a paz. Armas são melhores quando não são usadas”, discursou o presidente da Assembleia Geral da ONU.

Também durante a reunião, o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, lamentou o momento que a Ucrânia tem vivido, com civis como alvos e agradeceu os países que acolheram refugiados. “Essa situação é completamente inaceitável. Os soldados devem sair das trincheiras e os líderes buscarem a paz”, defendeu. Em uma sequência de duras críticas à Rússia, por ter invadido o território ucraniano e promovido uma série de bombardeios nos últimos cinco dias, Guterres condenou o emprego de forças nucleares de Vladimir Putin. “Estamos encarando na Ucrânia uma tragédia. Colocar forças nucleares é repugnante. Nada deve justifica um conflito nuclear”, condenou.

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Guterres pediu moderação e defendeu que a reunião realizada hoje entre Ucrânia e Rússia se transforme em um efetivo fim da guerra. “Espero que se construa uma solução diplomática”, afirmou.

Ucrânia

Ao discursar na reunião, o embaixador da Ucrânia na ONU, Sergiy Kyslytsya, afirmou que a Rússia teria cometido crimes de guerra durante os combates. Segundo ele, civis, hospitais, escolas, orfanatos e até ambulâncias foram alvejados pelos russos. “Os conflitos têm paralelos que podem ser feitos com a 2ª Guerra Mundial. A Rússia comete crimes de guerra”, disse Sergiy Kyslytsya. Segundo ele, há pelo menos 5 mil mortos, entre civis e soldados.

O diplomata ucraniano cobrou a intervenção da ONU para conter a ações do presidente da Rússia, Vladimir Putin, e para exigir que as forças russas saiam imediatamente da Ucrânia. “O momento de agir é agora. Se a Ucrânia não sobreviver, a paz mundial não sobreviverá. Não se iludam”, disse. Outro ponto colocado foi um pedido de punição para Belarus. Sob o comandado do ditador Aleksandr Lukashenko, o país cedeu a fronteira para a invasão russa e também fez ataques à Ucrânia.

Rússia

Na sequência do diplomata ucraniano, foi a vez do embaixador da Rússia na ONU, Vasily Nebenzya, falar. Ele rebateu as falas da Ucrânia e disse que há uma guerra de informação contra o país. Na versão russa, o conflito começou após “sabotagens” ucranianas a acordos entre os dois países. “A Ucrânia está pedindo sua adesão à Otan [Organização do Tratado do Atlântico Norte] rompendo [leis da ONU] e colocando a Rússia em risco”, ressaltou. Para Nebenzya, a operação da Rússia “exerce o direito pela autodefesa.”

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O representante russo na ONU acrescentou que o “Ocidente tem incitado os ucranianos” e lembrou os vários pedidos da Rússia para que a Ucrânia não entrasse na Otan. “Estendemos a nossa mão, mas fomos ignorados”, afirmou.

Ele desmentiu o embaixador ucraniano e negou que forças russas estejam atacando áreas civis. “A infraestrutura ucraniana não está sendo atacada”, destacou. Sobre o veto à resolução do Conselho de Segurança, o diplomata disse que o documento “não é equilibrado”. Votamos contra por um artigo que defendemos não ter sido colocado [no texto]”, explicou.

Apesar de aumentar as tropas e os bombardeios e ameaçar usar “força nuclear”, a Rússia defendeu uma solução pacífica com intermédio da ONU.

Histórico

A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Otan, grupo militar liderado pelos Estados Unidos. Para a Rússia, uma possível entrada do vizinho na organização é uma como uma ameaça à sua segurança. A relação entre Rússia, Belarus e Ucrânia começou antes da criação da União Soviética que existiu entre 1922 e 1991.

Edição: Kelly Oliveira

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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