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Seis empresários são indiciados no inquérito da 3ª fase da Operação Grãos de Areia

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A terceira fase da Operação “Grãos de Areia”, deflagrada em Rondonópolis (212 km ao sul de Cuiabá), foi concluída pela Polícia Civil, com o indiciamento de seis empresários pelo crime de receptação qualificada, cuja pena pode chegar a 8 anos de reclusão.

As investigações conduzidas pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) de Rondonópolis, com apoio da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), foram finalizadas na quinta-feira (22.06).

Conforme apurado os empresários adquiririam em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, soja e farelo de soja que deveriam saber ser produto de crime, praticados pela organização criminosa.

Fatos esses que demonstram com evidências, que os indiciados adquiriram mercadoria sem a emissão de nota fiscal, e por valor muito abaixo do preço praticado no mercado.

Foram indiciados um empresário de Cuiabá, um empresário de Jaciara, um empresário da cidade de Birigui (SP), um empresário de Pedra Preta e dois da cidade de Rondonópolis.

Conforme o delegado titular da Derf de Rondonópolis, Santiago Rozendo, o inquérito instaurado mediante Portaria, teve como objetivo apurar crimes de receptação qualificada, tendo como vítimas cinco empresas dos ramos de transporte e insumo agrícola.

Investigação

O procedimento faz parte da terceira fase da Operação “Grãos de Areia”, e identificou que a organização criminosa vinha atuando em Rondonópolis desde o ano de 2020, e contando com a participação de motoristas de caminhão e funcionários de uma das empresas vítimas.

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Foram desviados aproximadamente 9 mil toneladas de soja e farelo de soja, entre os meses de janeiro a março de 2021 (correspondente ao período investigado), com valor estimado de R$ 22,5 milhões em produtos subtraídos nesses três meses.

“A maioria da mercadoria desviada e adulterada pela organização criminosa tinha como destino o terminal de cargas ferroviário de Rondonópolis, o qual é operado por uma das empresas vítimas. Em média cerca de 1,5 mil caminhões são descarregados por dia, restando apurado que os investigados, aproveitavam-se do grande volume de cargas transportado para operar o esquema criminoso”, destacou o delegado Santigo Rozendo.

Modus Operandi

Também foi descoberto que os membros integrantes da organização criminosa, objeto dos autos, atuavam em duas frentes criminosas, a depender do tipo de mercadoria transportada, sempre com o mesmo modus operandi.

No primeiro tipo crime, tendo como alvo a mercadoria farelo de soja, cotada em média no valor de R$ 2,5 mil a tonelada (na época dos fatos), apurou-se que esse produto era carregado pelos suspeitos em uma empresa na cidade de Primavera do Leste, com destino ao terminal de cargas da empresa ferroviária em Rondonópolis.

No trajeto era realizado a clonagem de outro caminhão com a mercadoria adulterada. Em seguida o caminhão clonado adentrava no pátio da empresa com a conivência de funcionários envolvidos no esquema e descarregava a mercadoria adulterada.

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Já o caminhão com o farelo de soja sem adulteração, retornava carregado para as empresas pertencentes a organização criminosa, onde era descarregado e a mercadoria subtraída. Posteriormente comercializada por valores abaixo do preço de mercado, gerando um lucro aproximado de R$ 100 mil por carga desviada.

A segunda frente criminosa visando os produtos de soja e farelo de soja, agia após o aliciamento dos motoristas de caminhão e as cargas sem adulteração, provenientes de todo Estado Mato Grosso eram levadas até as empresas envolvidas no crime.

Nestes locais eram adulteradas com areia, para depois ser entregue na empresa ferroviária em Rondonópolis. Ocasião em que eram subtraídos de 5 a 12 toneladas do produto lícito transportado.

Após a colocação de areia, resíduos de soja, casquinha de soja, entre outras substâncias, no processo conhecido como “Vira”, a carga adulterada também era entregue no terminal de cargas ferroviário, sendo tudo coordenado pela organização criminosa.

Conclusão do IP

O inquérito instaurado pela Derf de Rondonópolis foi concluído e encaminhado ao Poder Judiciário com cópia ao Ministério Público, visando a denúncia e prosseguimento da ação penal em desfavor dos seis indiciados.

Fonte: Policia Civil MT – MT

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Operação Prende Suspeitos de Envolvimento em Ataques a Casa e Escritório de Advogado

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A Delegacia da Polícia Civil de Lucas do Rio Verde deflagrou a Operação Contra Impetum para cumprir nove mandados judiciais, nesta quinta-feira (16.1), contra integrantes de uma facção criminosa envolvidos no ataque à casa e escritório de um advogado e a uma empresa da cidade.

Estão em cumprimento seis ordens de prisão e três de buscas e apreensões empregando um efetivo de policiais civis da região, com apoio da Gerência de Operações Especiais da Polícia Civil.

A operação é uma contrarresposta da Polícia Civil aos ataques ordenados por membros da facção criminosa contra três locais em Lucas do Rio Verde. Os mandados foram deferidos pelo juízo da 5a Vara Criminal de Sinop, de combate ao crime organizado.

O primeiro ataque ocorreu no dia 1° de novembro contra a sede de uma empresa agrícola. O segundo foi registrado na noite de dois de novembro, contra o escritório do advogado. No dia seguinte, a residência do profissional foi também alvo de disparos de arma de fogo.

Investigação

Com o início das diligências investigativas, a equipe da Delegacia de Lucas do Rio Verde apurou que na data anterior aos ataques ao escritório e casa do advogado, a sede de uma empresa agrícola na cidade também foi alvo de disparos de arma de fogo.

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As investigações apontaram que os ataques foram ordenados por dois integrantes de uma facção, identificados no inquérito policial, e executados por cinco outros criminosos ligados ao grupo. Um dos líderes da facção chegou a enviar mensagens ao advogado dizendo que o profissional teria que ‘devolver’ um veículo, recebido como pagamento de honorários. O empresário também recebeu ameaças por mensagens.

As diligências identificaram os autores dos ataques, sendo um deles preso no decorrer da investigação. Conforme a apuração, os executores afirmaram que o ataque ao escritório era ‘pra dar um susto no advogado’, pois o profissional estaria, supostamente, dando golpe em clientes. A Polícia Civil também identificou a outra dupla que fez os disparos que atingiram a casa do advogado.

Em relação ao ataque à empresa agrícola, a investigação apurou que os disparos foram ordenados por duas pessoas contra quem o empresário havia ajuizado uma ação sobre a disputa de um imóvel em Lucas do Rio Verde. Após a vítima entrar com a ação, passou a receber ameaças.

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Reaver veículo e desistência de ação

De acordo com a apuração, o advogado atuou na defesa de duas pessoas presas em flagrante em outra ocorrência. Como pagamento pelos honorários, ele havia recebido um veículo.

Contudo, o cliente tentou reaver o veículo, mesmo sem pagar os honorários combinados. Em uma das oportunidades, o cliente teria saído do escritório do advogado afirmando que resolveria a situação de uma forma ou de outra.

As informações reunidas na investigação indicaram que o cliente defendido pelo advogado fez contato com os criminosos que lideram a facção em Lucas do Rio Verde e pediu que empregassem alguma ação para fazer o advogado devolver o veículo usando, para tal fim, qualquer meio violento.

Além disso, o mesmo investigado também pediu aos criminosos que empregassem uso de violência contra o empresário para forçá-lo a desistir da ação judicial em andamento. Diante dos pedidos criminosos, os líderes da facção recrutaram os cinco suspeitos identificados na investigação para fazer os disparos contra os três locais.

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