MATO GROSSO
Mendes vê omissão e diz que aliados “vão ter o troco nas urnas”
MATO GROSSO
Presidente regional do União Brasil, o governador Mauro Mendes afirmou que a base governista do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) não irá se reeleger por conta da “omissão” frente aos desmandos do gestor.
Desde 2017, a gestão Pinheiro passou por 19 operações policiais sendo que, em uma delas, em 2021, o prefeito foi afastado e ficou 37 dias longe do cargo. Neste ano, Emanuel sofreu um segundo afastamento por, supostamente, comandar uma organização criminosa com objetivo de drenar os cofres da Saúde.
Para Mendes, a Câmara Municipal foi omissa em não fiscalizar com mais severidade a gestão do gestor.
“Não tem como dizer que não foi [omissa]. Quantos escândalos tivemos na Prefeitura? Foram 19 operações policiais. Qual o momento que a Câmara se posicionou sobre isso? Alguém viu?”, questionou o governador.
“Eu digo a Câmara, mas trato da maioria. Embora tenha lá alguns vereadores que se posicionaram. Parabéns a eles! É óbvio que, muito provavelmente, alguns vão ter o troco nas eleições”, emendou.
Nos sete anos da gestão Emanuel, quase uma dezena de pedido para a instalação de comissões processantes foram protocoladas, mas apenas em março deste ano, uma delas foi aceita.
A comissão tem como presidente o vereador Wilson Kero Kero (Podemos) e o vereador Rogério Varanda (PSDB), como relator. A vaga de membro está aberta com a saída da vereador Edna Sampaio (PT).
O grupo ainda está em processo de oitivas de testemunhas.


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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