O deputado estadual Wilson Santos (PSD) criticou o posicionamento do  dirigente do PSD em Mato Grosso e ministro da Agricultura e Pecuária  (Mapa), Carlos Fávaro. Isso porque, Fávaro propõe a saída dos membros da sigla que não se alinharem ao Governo  Lula.

Durante a disputa presidencial do ano passado, o PSD Nacional liberou seus filiados a apoiarem o candidato de sua preferência. Em Mato Grosso, muitos pessedistas apoiaram o projeto de reeleição de Jair Bolsonaro (PL), como o deputado estadual Nininho, que se mostrou “bolsonarista de carteirinha”.

Wilson argumentou,   em visita ao Grupo RD NEWS, que a derrota de Bolsonaro é coisa do passado e que essa “imposição” de Fávaro não deve existir. O parlamentar ainda pontuou que o assunto deveria ser tratado entre os filiados do partido, e não partir de uma decisão autoritária.

“O PSD ficou bem dividido nas eleições. Nós tivemos uma parte dos candidatos a deputado estadual que trabalhou com Bolsonaro e outra parte com Lula, mas a eleição esta superada. A nossa realidade é outra, essa imposição não existe no partido e o futuro do partido quem vai definir [não é apenas uma pessoa] é o partido”, pontuou Wilson.

Na visão de Wilson, o partido tem um quadro de lideranças políticas “respeitável” e que não há sentindo em obrigar que os membros apoiem fielmente Lula, já que não pertencem à Federação Brasil Esperança, que é composta apenas pelo PT, PV e PCdoB.

“Nós temos quadro no PSD, são quadros respeitáveis e que fizeram opção direferente. O PSD não fez e não faz parte da Federação. A Federação é composta por PV, PC do B e PT, o PSD não está nesta Federação”, defendeu.

Por fim, o parlamentar destacou que em Mato Grosso a sigla tem quase 30 prefeitos, 2 deputados estaduais e agora, um ministro. Além do cenário nacional, com 15 senadores, formando a maior bancada, sendo necessário analisar os próximos passos, antes de tomar uma decisão que possa prejudicar o partido.

Wilson e projetos futuros

Wilson pontuou que ainda é “cedo” para tratar das eleições de 2024, ao cargo de prefeito da Capital. No entanto, não cravou que esta fora da disputa, já que seu partido tem o projeto de lançar candidatura ao Palácio Alencastro no próximo ano e ao Governo do Estado em 2026, podendo ser encabeçada por Fávaro.