POLITÍCA NACIONAL
Anatel aponta melhoria de serviços de internet; usuários seguem reclamando de quedas de conexão
POLITÍCA NACIONAL
Embora dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) apontem uma maior satisfação do consumidor brasileiro com os serviços de telefonia celular e internet, parlamentares destacaram, em debate, que problemas com a conexão continuam sendo frequentes. As comissões de Defesa do Consumidor e a de Comunicação da Câmara do Deputados discutiram, na quarta-feira (23), formas de melhorar o serviço no País.
Segundo o superintendente de Controle de Obrigações da Anatel, Gustavo Borges, as reclamações referentes à qualidade no acesso à internet caíram. “Há uma redução anual de reclamações no portal da agência nos canais de atendimento, e isso é reverberado nos índices de satisfação. Ano a ano a gente tem um aumento da percepção, das notas dos consumidores”, disse Borges.
Deputados que participaram da audiência questionaram os dados da Anatel. A deputada Gisela Simona (União-MT), que comandou o Procon do estado dela, afirmou que os brasileiros têm o hábito de só fazer uma queixa oficial quando o problema é cobrança indevida.
“O consumidor brasileiro não vai ao Procon reclamar que aqui não pega ou aqui tá pegando ruim ou tá tendo interrupção da minha chamada. Isso é importante ficar claro porque, quando se fala que tá caindo a reclamação, parece que os problemas de telecomunicação no País estão caindo e isso não é verdade”, afirmou.
O deputado Gilvan Maximo (Republicanos-DF), que pediu o debate, disse que há problemas no sinal de telefonia móvel inclusive na capital do País. “No DF, que é a capital da República, virou artigo de luxo falar no telefone sem cair a ligação. O sinal é precário. Todos sabem disso”, reclamou.
Investimentos
Representantes das principais empresas de telefonia que participaram da audiência alegam que estão investindo em tecnologia para melhorar o serviço. O diretor de Relações Institucionais da Vivo, Tiago Machado, falou sobre o investimentos da empresa no País. “Foram mais de R$ 550 bi nos últimos 25 anos construindo a maior infraestrutura digital da América Latina”, afirmou.
No Amazonas, no Mato Grosso, no Acre e no Maranhão a Vivo tem sistematicamente mostrado redução de 10, 20, 30, 40% no índice de reclamação.
Para o vice-presidente de Relações Institucionais da Claro, Fábio Andrade, a quantidade de queixas é aceitável. “Estamos falando em 251 milhões de aparelhos celulares ativos no Brasil. Se percentuar por mil o número não é gritante, embora sozinho seja alto”, afirmou. Na avaliação dele, os números são aceitáveis diante da extensão territorial do Brasil e da complexidade técnica do serviço.
O deputado Celso Russomanno (Republicanos-SP) sugeriu à comissão aprovar uma proposta de fiscalização e controle na Anatel para melhorar a qualidade do serviço no País. “Vamos cobrar deles o que eles têm que fazer. Temos dois mecanismos de controle : um é a CPI e o outro é a fiscalização e controle. Podemos responsabilizar civil e criminalmente os diretores da agência. É assim que eles vão se virar e ir atrás das empresas pra fiscalizar”, afirmou.
Reportagem – Mariana Przytyk
Edição – Rachel Librelon
Fonte: Câmara dos Deputados


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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