POLITÍCA NACIONAL
Ato solene marca comemoração dos 10 anos da Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados
POLITÍCA NACIONAL
A Câmara dos Deputados promove nesta terça-feira (4), às 11 horas, no Salão Nobre, ato solene para comemorar os 10 anos da Secretaria da Mulher. A solenidade foi requerida pela atual coordenadora da bancada feminina, deputada Benedita da Silva (PT-RJ).
Criada em 2013, a secretaria é um órgão político e institucional que atua em benefício de meninas e mulheres brasileiras e que busca tornar a Câmara um centro de debates sobre a igualdade de gênero e a defesa dos direitos das mulheres no Brasil e no mundo.
A secretaria é formada pela Coordenadoria-Geral dos Direitos da Mulher (que representa a bancada feminina), a Procuradoria da Mulher e o Observatório Nacional da Mulher na Política (ONMP).
A bancada feminina é formada por deputadas federais de todos os partidos. Sua importância histórica na defesa dos direitos das mulheres tem origem na Assembleia Nacional Constituinte (1986-1988), quando foi chamada de “Bancada do Batom”. Em 1995, foi institucionalizada com regimento e eleição da coordenação, funcionando de forma articulada com a bancada feminina do Senado Federal. Em 2009, foi instituída a Procuradoria da Mulher. Em 2013, a Secretaria da Mulher foi oficializada unindo as duas estruturas.
Mulheres no Parlamento
A importância da Secretaria da Mulher pode ser atestada pelos direitos conquistados a partir da luta das deputadas e o aumento gradativo da presença das mulheres no Parlamento. Na Assembleia Constituinte de 1988, eram 26 deputadas e nenhuma senadora. Em 2022, foram eleitas 91 deputadas, recorde de representação feminina na Câmara. O Senado conta, atualmente, com 15 senadoras.
Embora as mulheres somem mais de 50% da população e do eleitorado do País, representam cerca de 18% das cadeiras da Câmara dos Deputados. O Brasil se encontra em 131º lugar no ranking de participação feminina na política, conforme dados da União Interparlamentar.
Avanços e conquistas
Com a criação da Secretaria da Mulher, a bancada feminina passou a ter voz e voto no Colégio de Líderes para pautar projetos de interesse das deputadas; horário de liderança nas comunicações em Plenário; infraestrutura para prestação de serviços às parlamentares; divulgação de sua atuação pelos veículos de comunicação da Câmara dos Deputados; agenda de eventos contínua e participação em campanhas nacionais e internacionais, como as dos meses Março Mulher, Agosto Lilás, Outubro Rosa e 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres.
Estatísticas
Da 52ª até a 56ª legislatura, as deputadas foram responsáveis pela apresentação de mais de 7.800 proposições, como autoras ou coautoras. Somente na última década, foram 5.600 projetos sobre temas variados, além de mais de 2.400 relatorias. Embora o percentual de mulheres eleitas seja menor do que o de homens, os indicadores demonstram que as deputadas apresentam mais projetos, proporcionalmente.
Levantamento do Centro de Documentação e Informação (Cedi) da Câmara mostra que desde 1954 as deputadas foram responsáveis pela aprovação de 323 proposições sancionadas ou promulgadas como normas legais.
Da criação da Secretaria da Mulher, em 2013, até o final de 2022, foram 182 leis aprovadas a partir de proposições e articulação da bancada feminina, com pautas voltadas a assuntos diretamente ligados às mulheres (saúde, combate às diversas formas de violência, educação, mercado de trabalho, assistência e garantias de direitos), bem como outros temas.
Composição
A coordenação da Secretaria da Mulher para o biênio 2023-2025 foi eleita em maio último. A coordenação-geral dos Direitos da Mulher está a cargo da deputada Benedita da Silva, juntamente com três coordenadoras-adjuntas: Iza Arruda (MDB-PE), Laura Carneiro (PSD-RJ) e Sâmia Bomfim (Psol-SP).
Como procuradora da Mulher foi eleita a deputada Soraya Santos (PL-RJ), juntamente com três procuradoras-adjuntas: Maria Rosas (Republicanos-SP), Any Ortiz (Cidadania-RS) e Delegada Ione (Avante-MG).
Já o Observatório Nacional da Mulher na Política tem coordenação-geral da deputada Yandra Moura (União-SE), e conta ainda com as deputadas Daiana Santos (PCdoB-RS), Amanda Gentil (PP-MA) e Tabata Amaral (PSB-SP) como responsáveis, cada uma, por um dos três eixos de pesquisa.
O ato solene da comemoração dos 10 anos da Secretaria terá transmissão ao vivo pelo canal da Câmara dos Deputados no YouTube.
Da Secretaria da Mulher
Edição – Marcia Becker
Fonte: Câmara dos Deputados


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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