POLITÍCA NACIONAL
Câmara lança campanha de combate à violência política contra mulheres
POLITÍCA NACIONAL
Com a presença das ministras das Mulheres, Aparecida Gonçalves, e da Igualdade Racial, Anielle Franco, a Câmara lançou nesta terça-feira (28) a quarta edição da campanha de combate à violência política contra mulheres. Na opinião da segunda-secretária da Câmara, deputada Maria do Rosário (PT-RS), ao realizar esse trabalho de conscientização, o Parlamento “passa um recado para a sociedade brasileira de que nenhuma violência contra a mulher deve ser aceita, e toda mulher deve ser respeitada”.
A deputada ressaltou que homens e mulheres são iguais perante a principal lei do país, a Constituição, mas essa igualdade precisa ser vivida no cotidiano. Para Maria do Rosário, o desrespeito com que são tratadas não pode definir as mulheres.
“O que nós desejamos é realmente poder afirmar que nosso lugar é onde quisermos e onde nós mais pudermos contribuir com a democracia e com o Brasil”, ressaltou. “A Câmara se empenha pelo respeito à vida das mulheres, pelo respeito ao trabalho de todas as mulheres, em todo lugar do Brasil, aquela que lava a roupa, que trabalha carregando as crianças, na escola, que as educadoras desse Brasil saibam que nós estamos do lado delas, saibam que toda mulher terá e tem nessa Casa o respeito pela sua condição de mulher, de cidadã brasileira.”
Para o presidente da Câmara, Arthur Lira, a luta das mulheres é fundamental para a democracia e é fundamental enfrentar a violência política, que se manifesta de diversas formas. Tanto que, segundo afirma, quase 82% das mulheres que ocupam espaço político já sofreram algum tipo de violência – que não se limita aos períodos eleitorais, acomete todas que ocupam cargos políticos ou lutam por seus direitos.
Arthur Lira sugere, inclusive, que a Câmara coordene uma ação com outras entidades para criar um protocolo de combate à violência política.
“Não podemos permitir que a violência política contra as mulheres continue a ser uma realidade no nosso país. A Câmara dos Deputados está disposta a combater e criar mecanismos para prevenir tais comportamentos, para apoiar o trabalho de todas as mulheres que se envolvem na política, afim de que possam exercer plenamente as funções para as quais foram eleitas ou se disponham a exercer”, afirmou.
Impunidade
Na opinião da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, não é possível falar sobre esse tema sem se lembra da que “talvez tenha sido a maior violência política do Brasil”: o assassinato de Marielle Franco. Então vereadora do Rio de Janeiro, Marille, irmã de Anielle, foi morta em março de 2018 e até hoje ninguém foi responsabilizado como mandante do crime.

A impunidade, aliás, representa a maior causa da perpetuação da violência contra as mulheres, defende a vice-presidente da Temática de Gênero da Frente de Prefeitos Moema Gramacho, prefeita de Lauro de Freitas (BA). Para a ex-deputada, é necessário não apenas julgar, mas prender de forma a punir os ofensores.
“Nós precisamos não só de leis, nós precisamos de ações, e precisamos cada vez mais de que a punição aconteça. Não dá para passar tantos anos sem descobrir quem matou Marielle, não dá para passarmos tantos anos com a impunidade reinando, a gente só denunciando que está sendo agredida. Achavam pouco as outras formas de agressão, ainda inventaram a agressão política”, disse.
À frente do Ministério das Mulheres, Aparecida Gonçalves garantiu que irá empreender uma cruzada contra a misoginia. Para ela, também não é possível que continue morrendo uma mulher a cada seis horas, que a violência sexual continue aumentando, ou que políticas continuem sendo obrigadas e deixar a vida pública devido às agressões. A ministra ressaltou, no entanto, que as mulheres não podem ser caladas pela violência, porque esse seria o objetivo dos que se utilizam “do ódio, da misoginia e da ameaça”.
Livro
Durante o lançamento da campanha, promovida pela Secretaria da Mulher, foi lançado um livreto sobre o assunto, chamado “O que é Violência Política contra a Mulher?”. Produzido pela Edições Câmara, o trabalho foi realizado pelas assessoras da Secretaria Daniela Gruneich e Iara Cordeiro.
Procuradora da mulher na Câmara, a deputada Maria Rosas (Republicanos-SP) ressaltou a importância da publicação, uma vez que não se pode lutar por direitos sem conhecê-los. A deputada adiantou que a Secretaria vai lançar cursos voltados a mulheres em parceria o Centro de Formação, Treinamento e Aperfeiçoamento (Cefor), órgão de formação continuada da Casa. Segundo informou, será ofertado um curso sobre como criar procuradorias da mulher em assembleias estaduais e câmaras de vereadores, e outro sobre violência política contra a mulher.
Reportagem – Maria Neves
Edição – Ana Chalub
Fonte: Câmara dos Deputados


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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