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POLITÍCA NACIONAL

Câmara vai unir frentes parlamentares para ações imediatas e de longo prazo de combate à fome

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POLITÍCA NACIONAL


Paulo Sergio/Câmara dos Deputados
Discussão e votação de propostas. Dep. Marcelo Ramos PL-AM
Ramos participou da primeira reunião do ano: “A fome é urgente”

A Frente Parlamentar Mista de Combate à Fome no Brasil definiu nesta quarta-feira (23) o plano de ação para 2022. Esta foi a primeira reunião do ano e contou com a participação do 1º vice-presidente da Câmara, deputado Marcelo Ramos (PL-AM). Neste ano, a frente vai funcionar integrada com a Frente Parlamentar de Segurança Alimentar e Nutricional, ambas criadas em 2019.

“A questão é urgente e não pode esperar. O Brasil tem 20 milhões de brasileiros passando fome, 116 milhões comendo menos do que precisam comer”, salientou Ramos. “Vamos unificar as duas frentes e montar uma agenda que tem um lado legislativo, de desenvolvimento de políticas públicas, que atuará no médio e longo prazo, e um lado de mobilização solidária da sociedade, para que a gente resolva um problema imediato que não pode esperar, que é colocar comida na mesa das pessoas”, disse.

Cronograma
Entre as ações propostas por Ramos estão a destinação de emendas parlamentares para restaurantes populares e a mobilização de empresas para a captação de doações. Segundo a agenda proposta pelo vice-presidente da Câmara, a próxima reunião do grupo ocorrerá no dia 9 de março, para apresentação da agenda legislativa e mobilização de setores empresariais.

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No dia 16 de março, será realizada reunião com organizações que trabalham com o combate à fome. Já no dia 23 de março, por sua vez, será promovida reunião sobre a primeira infância, com entidades ligadas ao tema. E no dia 4 de abril a ideia é realizar uma comissão-geral no Plenário da Câmara dos Deputados sobre a fome.

Coordenador da frente, que hoje conta com 240 deputados e 6 senadores, Célio Moura (PT-TO) acredita que, com a união das duas frentes parlamentares e a participação do vice-presidente da Câmara, as ações de combate à fome vão ganhar força e mais deputados vão se juntar ao grupo.

Políticas de longo prazo
O deputado Patrus Ananias (PT-MG), ex-ministro de Desenvolvimento Social, que implantou o programa Fome Zero no País, apoiou o plano de ação e defendeu a retomada de políticas públicas de longo prazo para garantir o direito fundamental à alimentação ao brasileira.

“Nós já retiramos o Brasil do mapa da fome. Infelizmente ela voltou, o que é inaceitável em um país como o Brasil, um país continental, belíssimo, rico, que pode produzir alimentos o ano inteiro, que exporta alimentos. Nós temos que, em primeiro lugar, garantir o direito sagrado a uma alimentação saudável para toda a população brasileira”, afirmou.

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Segundo o deputado Danilo Forte (PSDB-CE), o Brasil sozinho tem condições de alimentar o mundo inteiro. “Hoje o Brasil produz e exporta comida para 1,8 bilhão de pessoas, e a fome está dentro de casa”, lamentou. Conforme o parlamentar, o “erro da política” faz a fome estar presente não apenas no interior do País como nas grandes metrópoles. Ele afirmou que houve aumento da arrecadação em todos os entes da federação, apesar da pandemia.

“O que falta é uma política efetiva de distribuição de renda, porque a política é de concentração de renda. A inversão precisa ser feita a partir de uma reforma tributária, de um programa de geração de emprego, de capacitação e oportunidade para a juventude, porque ninguém quer viver eternamente de esmola”, avaliou.

Danilo Fortes defendeu ainda a revisão do Orçamento de 2022, por meio de projetos de lei modificativos do orçamento (PLNs) para incorporar recursos emergenciais para o combate à fome.

A reunião contou também com a participação de representantes de empresas e de entidades como o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Reportagem – Lara Haje
Edição – Ana Chalub

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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