POLITÍCA NACIONAL
Capacitismo é barreira para educação inclusiva, dizem especialistas
POLITÍCA NACIONAL
O capacitismo foi citado por especialistas como uma grande barreira enfrentada pelas pessoas com deficiência para acesso à educação. O assunto foi discutido em audiência pública da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados para avaliar como está a implantação da Lei Brasileira de Inclusão para o acesso das pessoas com deficiência ao ambiente escolar.
Para a presidente da Associação G-14, que apoia pacientes de poliomielite, Sandra Ramalhoso, o capacitismo é a principal barreira enfrentada pelas pessoas com deficiência, que têm subestimadas sua capacidade e aptidão em virtude de suas deficiências.
“A deficiência não está em nós, a deficiência está no ambiente, um ambiente que não nos acolhe, um ambiente que não nos oferece acessibilidade, um ambiente que impede a nossa participação completa”, afirmou.
Para ela, não adianta garantir infraestrutura se o ambiente escolar não estiver preparado para receber os alunos com necessidades especiais. Sandra Ramalhoso disse ainda que a educação inclusiva esbarra na falta de dados sobre essa parcela da população.
A representante do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, Naira Gaspar, afirmou que o primeiro passo para combater o capacitismo é justamente a educação, por isso é preciso garantir, além do acesso, condições para que os alunos com deficiência aprendam o mesmo conteúdo dos demais alunos.
“Enquanto nós olharmos para a educação relativa a pessoas com deficiência a partir do déficit, da menos valia, nós não teremos uma educação inclusiva. Nós teremos uma educação onde algumas pessoas são encaixadas em um espaço imóvel, restrito e que não acolhe, não abraça, não agasalha a todas as pessoas”, alertou.
A defensora pública Renata Tibiriçá propôs que o governo adote a avaliação biopsicossocial, que pode ajudar, no ambiente escolar, a definir quais as necessidades e o grau de apoio necessário para os alunos com deficiência. Ela defendeu também a qualificação profissional do apoio que esses alunos recebem nas salas de aula, garantindo seu aprendizado e não segregando.
Recursos
A deputada Professora Luciene Cavalcante (Psol-SP), que propôs a realização da audiência, destacou que é preciso garantir recursos para a implantação do que preconiza a Lei Brasileira de Inclusão.
“A gente vai propor emendas e lutar pela efetivação de emendas orçamentárias para as políticas públicas que garantam a implementação das políticas, que são tão importantes e que já estão disciplinadas no nosso ordenamento jurídico. Vamos levar essa demanda sobre a questão dos dados para o Censo, para o Inep e também para o IBGE”, garantiu.
Reportagem – Karla Alessandra
Edição – Ana Chalub
Fonte: Câmara dos Deputados


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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