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Combate à fome e promoção de agricultura sustentável são desafios da Embrapa em seus 50 anos

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O combate à fome foi apontado por parlamentares e funcionários como um dos desafios permanentes da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), durante sessão solene na Câmara nesta terça-feira (25), para comemorar os 50 anos da instituição. Os convidados realçaram as mudanças na agricultura do país após a criação da Embrapa, já que o Brasil passou de importador a exportador de alimentos.

Em mensagem lida na sessão, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), destacou o aumento de 800% na produção de grãos e de 29 vezes na produção de carnes e aves desde a inauguração da empresa, e defendeu autonomia financeira, administrativa e técnica, classificando a Embrapa como “patrimônio e orgulho nacional”.

Com sede em Brasília, a Embrapa tem outras 43 unidades espalhadas pelo país, respeitando a vocação agropecuária de cada região. No site da instituição, o texto de apresentação sublinha o compromisso de promover, até 2030, o desenvolvimento sustentável da agricultura brasileira.

Primeira mulher
Uma das novidades é a escolha, por parte do Conselho de Administração, da primeira mulher a ocupar a presidência da empresa. A pesquisadora Silvia Massruhá, há 34 anos na Embrapa, que participou da sessão solene, deve tomar posse em breve. Ela ressaltou a necessidade de levar em conta a diversidade do país e listou outros desafios.

“Garantir a segurança alimentar, o acesso a alimentos seguros, de qualidade; o desenvolvimento sustentável nas três dimensões: ambiental, social e econômica; o enfrentamento aos efeitos da mudança do clima, fazendo com que o conhecimento e a inovação tecnológica produzidos alcancem o pequeno, o médio e o grande produtor rural, dos menos até os mais tecnificados”, disse.

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Parlamentares de vários partidos elogiaram a atuação da Embrapa e evidenciaram o trabalho das unidades regionais. Presidente da Frente Parlamentar Agropecuária, o deputado Pedro Lupion (PP-PR) ligou o trabalho da Embrapa ao protagonismo do Brasil no mundo na área de produção de alimentos.

“Nós temos a responsabilidade da segurança alimentar do mundo. Nós temos a responsabilidade de triplicar a nossa produção para os 8 bilhões de pessoas que estão por aí, e nós só conseguimos fazer isso com pesquisa, com tecnologia, com boas práticas, com a responsabilidade socioambiental da nossa agropecuária e obviamente com o protagonismo e a participação da nossa Embrapa”, disse ele.

Pablo Valadares / Câmara dos Deputados
Homenagem aos Cinquenta Anos da Embrapa. Dep. Pedro Lupion (PP - PR)
Lupion: temos a responsabilidade de triplicar a nossa produção de alimentos

Críticas
Falando em nome de 8 mil funcionários, o presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário, Marcus Vinicius Vidal, lembrou o papel do quadro funcional no sucesso da Embrapa e enumerou as dificuldades para se fazer pesquisa.

“A necessidade da ampliação do Orçamento para investimentos e manutenção; a realização de concurso público; a tentativa de adoção de terceirização, que sabemos que compromete a qualidade das pesquisas; a burocratização e verticalização das decisões; o assédio moral organizacional”, citou.

Atual presidente da Embrapa, Celso Moretti evidenciou conquistas como a transformação do Cerrado em área de desenvolvimento agropecuário e informou, por exemplo, que o País está próximo de se tornar autossuficiente em trigo, uma das culturas presentes nessa região. Ele apontou o compromisso social da empresa.

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“Para cada real que a sociedade brasileira colocou, nós devolvemos R$ 34,7. Foi um lucro social de mais de R$ 125 bilhões para a sociedade brasileira, para toda a população brasileira. Há a aprovação do requerimento de urgência depende do voto favorável de 257 deputados a aprovação do requerimento de urgência depende do voto favorável de 257 deputados. Há pessoas que ainda passam fome e que precisam ter a sua segurança alimentar resgatada”, disse.

Agronegócio
Um dos autores do requerimento para a realização da sessão de homenagem à Embrapa, o deputado Sérgio Souza (MDB-PR) afirmou que o agronegócio é o meio para o desenvolvimento do país.

“O que nós precisamos é desenvolver cada vez mais tecnologias para que possamos aumentar a nossa produtividade e produzir de forma socioambientalmente correta. E aí não tenho nenhuma dúvida de que o mercado lá fora, que já é gigante – tanto que a nossa balança comercial, ela é extremamente positiva quando se olha para o lado da agropecuária brasileira – vai ser ainda maior”, disse.

Ele acrescentou que essa abertura para o mercado externa “não é só para produtos primários, mas para produtos terminados, como o Brasil já tem feito muito bem e consegue vender muito bem”.

O deputado Sérgio Souza acrescentou a importância da luta pela independência financeira da Embrapa, citando tanto as discussões sobre Orçamento quanto a oportunidade de incluir o tema na reforma tributária.

Reportagem – Cláudio Ferreira
Edição – Roberto Seabra

Fonte: Câmara dos Deputados

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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