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Comissão anula portaria do Ministério da Saúde que cortou verba para rede de saúde mental

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A Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados aprovou na quarta-feira (13) proposta anulando os efeitos de portaria do Ministério da Saúde, publicada em 2022, que cancelou o repasse mensal de verbas para as unidades da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), mantida pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Conhecidas como centros de atenção psicossocial (Caps), essas unidades prestam atendimento psicossocial e multiprofissional a pessoas com transtorno mental e usuários de drogas.

A revogação da Portaria 596/22 consta no Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 66/22, de autoria do deputado licenciado Alexandre Padilha (SP), atual ministro da Secretaria de Relações Institucionais (SRI) da Presidência da República. O relator, deputado Jorge Solla (PT-BA), recomendou a aprovação.

Desmonte
Para Solla, o cancelamento de verbas para as unidades da RAPS desmontou os programas de desinstitucionalização de pessoas com sofrimento mental, favorecendo práticas manicomiais mais caras, sustentadas por recursos financeiros repassados para hospitais psiquiátricos.

Ele disse ainda que a Portaria 596/22 contrariou a Lei da Reforma Psiquiátrica, que garantiu a pessoas com sofrimento mental, e com necessidades decorrentes do uso de drogas, ações voltadas à promoção da autonomia e da cidadania, visando a reinserção social.

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“Diante da importância de garantir a efetividade dos direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais, bem como o cumprimento das disposições legais relacionadas à saúde mental, manifesto integral apoio a esse PDL”, disse Solla.

Tramitação
O PDL 66/22 será analisado agora pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). Depois seguirá para o Plenário da Câmara.

Saiba mais sobre a tramitação de projetos de decreto legislativo

Reportagem – Janary Júnior
Edição – Rodrigo Bittar

Fonte: Câmara dos Deputados

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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