POLITÍCA NACIONAL
Comissão aprova percentual mínimo de PET reciclado em garrafas
POLITÍCA NACIONAL

A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados aprovou projeto que lei que exige no mínimo 20% de PET (sigla para polietileno tereftalato) reciclado em garrafas. O percentual será elevado até atingir 30% em cinco anos após a entrada em vigor da futura lei. Infratores estarão sujeitos à Lei dos Crimes Ambientais.
PET é um polímero que possui propriedades termoplásticas, de tal forma que pode ser reprocessado diversas vezes. O texto aprovado determina que a reciclagem de PET para uso em embalagens de bebida deverá seguir as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A proposta foi aprovada na forma do substitutivo da relatora, deputada Tabata Amaral (PSB-SP), ao Projeto de Lei 418/11, do deputado Eli Correa Filho (União-SP) e três apensados.
“Do ponto de vista ambiental, as vantagens da embalagem de PET superam as desvantagens quando comparada às alternativas”, afirmou Tabata. Ela lembrou que embalagens de PET são 100% recicláveis. “Hoje, 75% dessas garrafas acabam recicladas, o que faz do Brasil um dos maiores recicladores de PET do mundo”, disse.
Já o descarte inadequado dos outros 25%, ou 570 mil toneladas por ano, exige a ampliação dos sistemas da coleta seletiva.
Segundo a relatora, o PET reciclado atualmente representa de 15% a 18% das embalagens. “O estímulo à cadeia da reciclagem vai gerar desenvolvimento de tecnologia própria, novos empregos, economia de recursos naturais e diminuição dos resíduos descartados de forma inadequada”, afirmou a parlamentar.
Em sua versão original, o PL 418/11 proibia a venda de refrigerantes e bebidas alcoólicas em garrafas PET sem estudo prévio de impacto ambiental, licença do Ibama e registro no Ministério da Agricultura. Esse texto foi rejeitado em 2011 pela Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio.
Tramitação
A proposta ainda será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Em razão dos pareceres divergentes nas comissões, texto perderá o caráter conclusivo, seguindo então para votação em Plenário.
Reportagem – Ralph Machado
Edição – Rachel Librelon


MATO GROSSO
Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix
O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.
A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.
Sensação de insegurança e repercussão negativa
Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.
Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.
Fake news e manipulação política
A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.
Compromisso com transparência
Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.
A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.
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