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Comissão aprova projeto que anula portaria sobre carga horária de institutos federais

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Reila Maria/Câmara dos Deputados
Audiência Pública - Discutir a implementação da Política Nacional de Defesa (PND), da Estratégia Nacional de Defesa (END) e do Livro Branco da Defesa Nacional (LBDN)*. Dep. Glauber BragaPSOL - RJ
Glauber Braga: “Portaria avança sobre autonomia dos institutos federais”

A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou em dezembro projeto que anula portaria do Ministério da Educação que altera a carga horária de professores dos institutos federais.

O texto aprovado é o substitutivo do deputado Glauber Braga (Psol-RJ) ao Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 483/20, do deputado André Figueiredo (PDT-CE). Braga uniu em um texto projetos apensados com o mesmo objetivo.

Os deputados querem anular os efeitos da Portaria nº 983, de 18 de novembro de 2020, que traz regras complementares para regulamentação das atividades docentes no âmbito da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. O texto estabelece parâmetros específicos de carga horária a ser cumprida pelos docentes em atividades de ensino e determina a obrigatoriedade de registro eletrônico de frequência a essas atividades.

A norma é criticada pela categoria por ampliar a carga horária mínima semanal dos professores. A implementação das novas regras já foi adiada para julho de 2022 pelo Ministério da Educação.

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LDB
Para Glauber Braga, o Poder Executivo exorbitou o poder regulamentar porque, na legislação da educação brasileira, a única norma existente sobre carga didática docente é a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), que determina carga horária mínima de oito horas semanais nas instituições públicas de educação superior. “Se matéria dessa natureza é tratada em nível de lei ordinária, não parece adequado que ela seja objeto de norma regulamentar, como é o caso da Portaria ministerial em comento”, avaliou.

O deputado também destacou que o aumento de carga horária pode resultar em sobrecarga de atividades didáticas para os professores em prejuízo da extensão, pesquisa e inovação. “A Portaria nº 983, de 2020 entra em grau de detalhamento normativo que claramente avança sobre essa autonomia assegurada em lei aos institutos federais”, destacou.

Tramitação
A proposta ainda será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania antes de ir a voto pelo Plenário da Câmara dos Deputados.

Conheça a tramitação de projetos de decreto legislativo

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Reportagem – Carol Siqueira
Edição – Roberto Seabra

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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