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Comissão aprova projeto que estabelece diretrizes para políticas públicas voltadas à família

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POLITÍCA NACIONAL

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que trata de políticas públicas para a família e cria um mês comemorativo voltado ao fortalecimento da convivência familiar e comunitária. 

A relatora, deputada Julia Zanatta (PL-SC), apresentou parecer favorável ao substitutivo da então Comissão de Seguridade Social e Família ao Projeto de Lei 18/20, do deputado Diego Garcia (Republicanos-PR). 

O texto original só criava o mês comemorativo em maio. Julia Zanatta mudou para dezembro. Além disso, o substitutivo estabelece uma série de diretrizes para as políticas públicas voltadas à família.

Segundo a proposta aprovada, é dever do Estado estabelecer políticas e serviços que atendam às especificidades e necessidades das famílias e possibilitem a efetivação do direito à convivência familiar e comunitária. 

Princípios da nova política
As políticas públicas de fortalecimento dos vínculos familiares deverão obedecer aos seguintes princípios:

  • respeito à dignidade da pessoa humana; 
  • proteção especial da família pelo Estado;
  • garantia do direito à convivência familiar e comunitária; 
  • valorização da unidade familiar como espaço primordial de construção da identidade social; 
  • respeito às formas de organização das famílias e às escolhas individuais e coletivas de seus membros; 
  • estímulo à solidariedade familiar, nas perspectivas material, afetiva e psicológica.
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Objetivos
Devem estar entre os objetivos das políticas públicas, entre outros:

  • apoiar e fortalecer as iniciativas existentes nas diversas áreas de atuação governamental para fortalecer os vínculos familiares;
  • propor ações e aprimoramentos baseados em evidências e melhores práticas;
  • fomentar a pesquisa e a divulgação de conhecimento sobre a realidade das famílias brasileiras, dos vínculos familiares e do bem-estar da população.

Diretrizes
Segundo o texto, são diretrizes para a implementação de políticas públicas de fortalecimento dos vínculos familiares, entre outras:

  • a valorização das funções sociais da família, baseada em relações de reciprocidade, responsabilidade e solidariedade entre seus membros; 
  • o reconhecimento e o apoio às funções desempenhadas pela família no cuidado e proteção de crianças, adolescentes, jovens, idosos e pessoas com deficiência; 
  • o fortalecimento do valor da maternidade e da paternidade responsáveis, do cuidado e da convivência familiar e comunitária; 
  • a promoção do equilíbrio entre o trabalho e a família; 
  • o reconhecimento do valor social do trabalho doméstico e de cuidado como essenciais para o desenvolvimento da família e da sociedade; 
  • o fortalecimento das redes de apoio às famílias e dos vínculos comunitários e a valorização das iniciativas da sociedade civil na promoção da qualidade dos vínculos familiares e comunitários; 
  • o reconhecimento e o respeito aos usos e costumes dos povos e comunidades tradicionais e de outras realidades socioculturais, observados o princípio da dignidade da pessoa humana e os seus direitos fundamentais. 
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“Mês de Ouro”
O texto aprovado institui o mês de dezembro como “Mês Ouro”, de comemoração da família como berço da saúde individual e do tecido social.

Competirá ao Estado, especialmente durante o mês de dezembro, promover campanhas de celebração da família e de conscientização sobre a necessidade de fortalecimento dos vínculos familiares.

Próximos passos
O PL 18/20, que tramita em caráter conclusivo, poderá ser enviado ao Senado, se não houver recurso para votá-lo no Plenário da Câmara.

Reportagem – Paula Moraes
Edição – Natalia Doederlein

Fonte: Câmara dos Deputados

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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