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Comissão aprova projeto que facilita doação para fundos de direitos de crianças e adolescentes

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A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou proposta que facilita a doação de pessoas físicas para os fundos dos direitos da criança e do adolescente, com dedução no Imposto de Renda (IR).

A relatora, deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), apresentou parecer pela aprovação de substitutivo da Comissão de Finanças e Tributação ao Projeto de Lei 3443/21, da ex-deputada Paula Belmonte (DF). A proposta foi analisada em caráter conclusivo e poderá seguir ao Senado, a menos que haja recurso para votação pelo Plenário da Câmara.

Atualmente existem 3.334 desse tipo de fundos mantidos pela União, estados, municípios e Distrito Federal. Eles foram criados pelo Estatuto da Criança e do Adolescente.

O texto aprovado permite que o contribuinte pessoa física destine mensalmente até 6% do IR apurado para um fundo de direitos da criança de sua escolha. A legislação atual só permite doações anuais, na hora da declaração do IR.

A proposta prevê ainda que:

  • o contribuinte deverá indicar ao empregador quanto pretende doar mensalmente;
  • no caso de o contribuinte ter mais de um emprego, a dedução somente poderá ser feita por um deles;
  • o repasse será realizado pelo empregador na conta do fundo após o recolhimento mensal do imposto retido na fonte;
  • o fundo beneficiado deverá emitir um recibo ao doador;
  • o empregador anotará a doação no Informe de Rendimentos do funcionário;
  • a lei vai produzir efeitos a partir do primeiro dia do 12º mês seguinte à sua publicação.
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Transparência
O deputado Chico Alencar (Psol-RJ) afirmou que é bom que a população tenha mais controle de suas contribuições. “Nós temos que lutar pela transparência das instituições financeiras, contributivas, orçamentárias, e temos que combater a corrupção que há muitas vezes nelas, mas devemos contribuir sempre”, defendeu. 

“O cidadão e a cidadã pagadores de impostos têm esse dever social, civilizatório, também podendo ter a informação de para onde vão os seus recursos, os seus impostos, e podendo decidir. No caso aqui, é um avanço democrático para o País”, disse Alencar.

O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), por sua vez, ressaltou que o projeto permite que o contribuinte dirija parte de sua obrigação tributária para a política pública com a qual ele mais se identifique.

Reportagem – Paula Moraes
Edição – Rodrigo Bittar

Fonte: Câmara dos Deputados

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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