POLITÍCA NACIONAL
Comissões avaliam resultado de diligência na terra ianomâmi em Roraima
POLITÍCA NACIONAL

A comissão externa que acompanha as violações de direitos contra a população ianomâmi e a Comissão de Direitos Humanos e Minorias, ambas da Câmara dos Deputados, reúnem-se nesta quinta-feira (2) para analisar os resultados da diligência realizada neste mês em Roraima.
Deputados e senadores acompanham as denúncias de organizações não governamentais sobre o caso de uma menina ianomâmi de 12 anos que teria sido estuprada e morta por garimpeiros. Eles pediram ações imediatas para conter o garimpo ilegal na região e reivindicaram mais estrutura aos órgãos públicos para que se possa fazer uma fiscalização permanente na reserva de mais de 9 milhões de hectares.
A coordenadora da comissão externa, deputada Joênia Wapichana (Rede-RR), lembra que a terra indígena ianomâmi é considerada a maior do País e é assolada pela atuação continuada de garimpos ilegais.
Segundo a parlamentar, a Polícia Federal já fez uma série de operações contra a invasão de garimpeiros, mas a falta de um plano de proteção e fiscalização perene permitiu que os garimpeiros ilegais “se reorganizassem e, passassem a operar em redes de organizações criminosas e que tem aumentado a sua presença dentro da terra indígena”.
Debatedores
Foram convidados para participar da audiência, entre outros:
– o delegado da Polícia Federal Paulo Teixeira de Souza Oliveira;
– o representante da Fundação Nacional do Índio, Geovanio Oitaia Pantoja;
– o procurador da 6ª Câmara do Ministério Público Federal (responsável pela proteção da população indígena e comunidades tradicionais), Alisson Marugal;
– o procurador-chefe da República do Ministério Público Federal em Roraima, Miguel de Almeida Lima;
– o presidente do Conselho Nacional dos Direitos Humanos, Renan Sotto Mayor;
– o representante regional do Alto Comissariado das Nações Unidas no Brasil Jan Jarab;
– o secretário especial de Saúde Indígena, Reginaldo Ramos Machado; e
– o defensor-público-geral federal, Daniel de Macedo Alves Pereira.
A audiência será realizada no plenário 10, a partir das 10 horas.
Da Redação – ND


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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