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Comissões avaliam resultado de diligência na terra ianomâmi em Roraima

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POLITÍCA NACIONAL

Leonardo Prado/Procuradoria-Geral da República
Vista aérea de uma taba indígena no meio da floresta
Vista aérea de reserva indígena ianomâmi

A comissão externa que acompanha as violações de direitos contra a população ianomâmi e a Comissão de Direitos Humanos e Minorias, ambas da Câmara dos Deputados, reúnem-se nesta quinta-feira (2) para analisar os resultados da diligência realizada neste mês em Roraima.

Deputados e senadores acompanham as denúncias de organizações não governamentais sobre o caso de uma menina ianomâmi de 12 anos que teria sido estuprada e morta por garimpeiros. Eles pediram ações imediatas para conter o garimpo ilegal na região e reivindicaram mais estrutura aos órgãos públicos para que se possa fazer uma fiscalização permanente na reserva de mais de 9 milhões de hectares.

A coordenadora da comissão externa, deputada Joênia Wapichana (Rede-RR), lembra que a terra indígena ianomâmi é considerada a maior do País e é assolada pela atuação continuada de garimpos ilegais.

Segundo a parlamentar, a Polícia Federal já fez uma série de operações contra a invasão de garimpeiros, mas a falta de um plano de proteção e fiscalização perene permitiu que os garimpeiros ilegais “se reorganizassem e, passassem a operar em redes de organizações criminosas e que tem aumentado a sua presença dentro da terra indígena”.

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Debatedores
Foram convidados para participar da audiência, entre outros:
– o delegado da Polícia Federal Paulo Teixeira de Souza Oliveira;
– o representante da Fundação Nacional do Índio, Geovanio Oitaia Pantoja;
– o procurador da 6ª Câmara do Ministério Público Federal (responsável pela proteção da população indígena e comunidades tradicionais), Alisson Marugal;
– o procurador-chefe da República do Ministério Público Federal em Roraima, Miguel de Almeida Lima;
– o presidente do Conselho Nacional dos Direitos Humanos, Renan Sotto Mayor;
– o representante regional do Alto Comissariado das Nações Unidas no Brasil Jan Jarab;
– o secretário especial de Saúde Indígena, Reginaldo Ramos Machado; e
– o defensor-público-geral federal, Daniel de Macedo Alves Pereira.

A audiência será realizada no plenário 10, a partir das 10 horas.

Da Redação – ND

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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