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Corregedoria pode ser instrumento de pacificação da Câmara em tempos de polarização política

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O deputado Domingos Neto (PSD-CE) assumiu o mandato de dois anos à frente da Corregedoria Parlamentar da Câmara com a missão de pacificar a Casa em tempos de polarização política. Neto tem 34 anos, é advogado e cumpre o terceiro mandato seguido como deputado federal. Diante da manutenção de ânimos acirrados entre parlamentares governistas e de oposição, o novo corregedor também pretende articular um “acordo de convivência” na Câmara.

“A expectativa é que a Corregedoria possa ser instrumento de pacificação da Casa. No momento em que o país está dividido, nós não podemos trazer essas guerras – que às vezes se vê nas redes sociais, nos grupos e nas ruas – aqui para o Plenário da Casa, ultrapassando o decoro parlamentar”, disse.

Para o deputado, é preciso articular, juntamente com o presidente Arthur Lira (PP-AL) e os demais líderes partidários, “um acordo de convivência em que as divisões políticas tenham limitações para que a Casa possa manter o respeito perante a sociedade e buscar a união entre o nosso povo, independentemente de bandeira partidária”.

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Diante de trocas de ofensas no Plenário, o próprio presidente Arthur Lira já havia sugerido “boas práticas de oratória” e “regras de convivência” que garantam o nível elevado dos debates políticos sem censurar a fala dos parlamentares. Em um dos casos polêmicos, Lira chegou a afirmar que “o Plenário da Câmara não é palco para exibicionismo e muito menos discursos preconceituosos”. O corregedor Domingos Neto lembra que os limites da postura dos deputados já estão estabelecidos.

“Os limites da atuação parlamentar já são impostos pela Constituição, Regimento Interno e Código de Ética. Cabe à Corregedoria elaborar o parecer para que a Mesa Diretora abra ou não o processo contra os parlamentares que descumpram as normas a nós todos impostas. Nós não podemos achar que se pode fazer tudo no ambiente parlamentar”, observou Domingos Neto.

Conselho de Ética
Ofensas nas primeiras sessões do ano geraram anúncios de representações contra parlamentares por quebra de decoro. Domingos Neto anunciou o encaminhamento dessa análise preliminar de denúncias, que, dependendo do parecer da Corregedoria, poderão ser enviadas depois para o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara.

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“Nós já temos processos aguardando juízo de admissibilidade pelo presidente Arthur Lira e Mesa Diretora. Passados para cá, nós vamos seguir todos os ditames constitucionais do direito de ampla defesa e contraditório e vamos dar prosseguimento com o parecer técnico”.

Cabe à Corregedoria promover a manutenção do decoro, da ordem e da disciplina no âmbito da Câmara dos Deputados; dar cumprimento às determinações da Mesa Diretora referentes à segurança interna e externa da Câmara; e promover sindicância ou inquérito para apuração de denúncias que envolvam deputados.

Reportagem – José Carlos Oliveira
Edição – Roberto Seabra

Fonte: Câmara dos Deputados

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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