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Demissão do presidente da Caixa após denúncias de assédio repercute entre deputados

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A demissão do presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, após denúncias de assédio sexual contra funcionárias da estatal foi tema de diversos discursos no Plenário da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (29). As denúncias se tornaram públicas na tarde de ontem e são objeto de investigação pelo Ministério Público Federal.

Wesley Amaral/Câmara dos Deputados
Proposições Remanescentes do Dia Anterior. Dep. Erika Kokay PT - DF
Erika Kokay: “Não há que se colocar o manto da impunidade sobre esse crime”

O deputado Marcelo Freixo (PSB-RJ) afirmou que, embora tardio, o afastamento de Pedro Guimarães é importante para a história brasileira. “A Caixa Econômica Federal é um dos bancos mais importantes, mais estratégicos para o Brasil. Então a gente não pode ter à frente de uma instituição como a Caixa um assediador, alguém que desrespeita as mulheres. É um escândalo que este País não merece”, afirmou.

O deputado José Medeiros (PL-MT) afirmou que o governo agiu da forma certa. “O presidente [Jair Bolsonaro] já vai nomear Daniella Marques, do Ministério da Economia, como nova presidente da Caixa. Esse governo não tem compromisso com o erro, não chama ninguém que está errado de herói do povo brasileiro”, afirmou.

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Atuação parlamentar
A deputada Fernanda Melchionna (Psol-RS) afirmou que o partido vai lutar para que o Ministério Público Federal prossiga nas investigações. “Antes tarde do que nunca a queda do presidente da Caixa. Desde ontem deveria ter sido imediatamente afastado diante de gravíssimas denúncias de assédio sexual”, disse.

A parlamentar lembrou que não foi uma semana fácil para as mulheres diante de tantas notícias de violência contra as mulheres.

A deputada Erika Kokay (PT-DF) informou que vai acionar o Ministério Público do Trabalho para que também entre nas investigações. Ela defendeu ainda a convocação do ministro da Economia, Paulo Guedes, para que ele responda por esses atos praticados.

“Esta Casa tem que se posicionar. Nós estamos fazendo uma série de ações nesse sentido. Não há que se colocar o manto da impunidade sobre esse crime continuado provocado pelo presidente da Caixa”, disse Erika Kokay.

A deputada Maria do Rosário (PT-RS) cobrou a investigação criminal do caso. “Não basta que esse Pedro Guimarães seja afastado. O assédio sexual é crime, e como criminoso ele tem que ser tratado. O desrespeito às mulheres tem que ter fim”, declarou.

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Para o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), o governo federal demorou a agir. “É impressionante a lentidão do governo federal. O presidente da República deveria ter demitido imediatamente esse senhor”, disse.

Reportagem – Carol Siqueira
Edição – Pierre Triboli

Fonte: Câmara dos Deputados Federais

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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