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Deputados reafirmam a democracia em Plenário um mês após invasão dos Poderes

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Um mês depois da invasão do Congresso e dos palácios do Planalto e do Supremo Tribunal Federal por golpistas, deputados usaram a tribuna para reafirmar o compromisso com a democracia.

A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) considera simbólico ocupar a tribuna do Plenário passado um mês da tentativa de invasão e reafirmar que a democracia prevaleceu. “É importante que nós digamos que o Governo Federal, as instituições brasileiras, a sociedade brasileira, na sua maioria, como também a comunidade internacional, não apenas repudiou, condenou, como também reagiu e reafirmou que a democracia venceu. Nós estamos aqui”, disse.

Pablo Valadares / Câmara dos Deputados
Sessão para a votação de propostas legislativas. Dep. Vicentinho (PT - SP)
Invasões foram chamadas por Vicentinho de “tragédia anticívica”

O deputado Vicentinho (PT-SP) chamou o 8 de janeiro de “tragédia anticívica”. Ele afirmou que é fundamental reverter o quadro que levou à radicalização antidemocrática dos golpistas que invadiram a capital. “Dia 8 de janeiro nunca mais! Viva a democracia! Viva o Estado Democrático de Direito!”, disse.

Para o deputado Valmir Assunção (PT-BA), a invasão dos palácios é “o legado de Jair Bolsonaro”. “Faz um mês que os bolsonaristas entraram aqui nesta Casa, destruíram praticamente toda a estrutura desta Casa. Repetiram o mesmo no Senado, no Planalto e no Supremo Tribunal Federal. [Foi] isso que eles construíram durante o período que ficaram no Governo. Essa é a prática dos bolsonaristas”, afirmou.

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Para o deputado Ivan Valente (Psol-SP), o 8 de janeiro é “uma data infame”. Ele disse que a invasão foi uma tentativa de golpe dos bolsonaristas utilizando-se de uma “horda fascista”. Ele cobrou a responsabilização dos responsáveis. “Nada pode ficar impune”, disse. O deputado Alencar Santana (PT-SP) foi na mesma linha e também defendeu a punição de todos os envolvidos. “Quem financiou, quem participou, tem que pagar e nós temos que reafirmar a democracia”, disse.

Já o deputado Delegado Marcelo Freitas (União-MG), mesmo criticando os atos, discordou de decisões tomadas pelo Judiciário, como o afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, determinada pelo Supremo Tribunal Federal. “Ninguém está aqui para apoiar nenhuma invasão, nenhuma incursão aos prédios públicos. Mas é preciso que haja responsabilidade dos órgãos de controle para fazer aquilo que é basilar no Direito Penal: a individualização das condutas de cada uma daquelas pessoas que se encontram presas e que estão sendo responsabilizadas”, disse.

Sigilo
Deputados que faziam parte da base do governo de Bolsonaro aproveitaram a data para criticar o sigilo imposto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva à íntegra das imagens dos atos de vandalismo registradas pelo sistema de câmeras do Palácio do Planalto. Lula alegou riscos para a segurança das instalações presidenciais.

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O deputado André Fernandes (PL-CE) questionou o ato. “Por que esse sigilo imposto pelo presidente da República Lula? Inclusive, o Presidente, na sua campanha, dizia lutar contra sigilos!”, afirmou.

Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Sessão para votação de propostas legislativas. Dep. André Fernandes(PL - CE)
Fernandes criticou sigilo imposto por Lula às imagens do ato do dia 8 de janeiro

Ele defendeu a criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do dia 8 de janeiro de 2023, para investigar todos os atos de ação e todos os atos de omissão do dia. A CPMI também foi defendida pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, que criticou o sigilo às imagens. “O que vocês querem esconder com os sigilos dos atos do dia 8 de janeiro? Deve ser um peixe muito grande”, disse.

Reportagem – Carol Siqueira
Edição – Ana Chalub

Fonte: Câmara dos Deputados Federais

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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