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Entidades elogiam Plano Nacional do Desporto e pedem recursos para implementá-lo

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Elaine Menke/Câmara do Deputados
Vários homens estão sentados à mesa falando ao microfone. À frente há um cronômetro
Deputado Afonso Hamm fala ao microfone durante o debate nesta terça

Dirigentes dos comitês olímpicos e paralímpicos avaliaram nessa terça-feira (10) que o Plano Nacional do Desporto, em análise na Câmara dos Deputados, vai diversificar as modalidades praticadas no Brasil e ampliar a participação de pessoas com deficiência no esporte.

Eles participaram de audiência pública promovida pela Comissão do Esporte da Câmara sobre o Projeto de Lei 409/22, que cria o Plano Nacional do Desporto. O plano, que é reivindicação antiga de organizações do setor, estava previsto na Lei Pelé, editada há quase 20 anos.

O PL 409/22 traz diretrizes de fomento de esportes tanto no âmbito escolar quanto para a população em geral, e pretende garantir acesso ao esporte a todos os brasileiros, utilizando os equipamentos existentes e criando outros centros desportivos.

Universalização do esporte
O diretor do Comitê Olímpico Brasileiro, Rogério Sampaio, disse aos deputados que a universalização da prática desportiva prevista no Plano Nacional do Desporto vai fazer com que o Brasil deixe de ser um país que se destaca em apenas algumas modalidades desportivas.

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“Uma diversidade de modalidades, além de trazer democratização olímpica, possibilita o aparecimento, em diversos esportes, de ídolos que podem inspirar crianças e jovens com perfis diferentes de biótipo. Isso faz com que o esporte seja mais democrático”, afirmou.

Paratletas
Já o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Mizael Conrado, destacou o empenho da entidade para que crianças e jovens com necessidades especiais também tenham acesso à prática desportiva, o que pode ser ainda mais ampliado após a aprovação do plano.

“Nós criamos as escolinhas de esporte e nesse ano vamos concluir os 35 centros de referência por todo o Brasil. Todas as regiões do País vão contar com uma escolinha de esportes, com um centro de formação. São ações que precedem o alto rendimento que, na verdade, é o objetivo principal do nosso comitê e das nossas confederações”, explicou.

Recursos
O representante da Associação Brasileira dos Secretários de Esporte e Lazer Humberto Panzetti, no entanto, lembrou que 30% dos municípios brasileiros não têm orçamento para esporte. Para colocar as metas do plano em ação, lembrou, será preciso garantir recursos para implementação dos equipamentos necessários, assim como a qualificação dos profissionais de educação física.

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O relator da proposta, deputado Afonso Hamm (PP-RS), afirmou que as sugestões estão sendo analisadas, e que os recursos para a manutenção do Fundo do Esporte estão sendo analisados pela assessoria da Câmara. “Nós teremos que buscar realmente novas fontes[ de recursos], mas esse é o desafio, né?”.

Já Hugo Rocha, representante do Instituto Península, que trabalha na formação de professores, defendeu a criação do Observatório Nacional do Esporte para acompanhar os investimentos e monitorar os avanços.

Ele pediu ainda tratamento diferenciado para o aluno atleta, que muitas vezes tem seu rendimento acadêmico prejudicado por causa dos calendários desportivos. Segundo Rocha, é preciso criar mecanismos nas diretrizes educacionais que protejam esses estudantes.

Reportagem – Karla Alessandra
Edição – Natalia Doederlein

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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