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Especialistas defendem investimento e crédito para recuperação da atividade econômica

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POLITÍCA NACIONAL

Elaine Menke/Câmara dos Deputados
Retomada Econômica e Geração de Emprego e Renda no Pós-Pandemia. Dep. Marcelo Ramos PSD-AM; Cesar Moura - Secretário de Estado da Secretária da Retomada Representando Ronaldo Caiado, Governador do Estado de Goiás; Dep. Francisco Jr. PSD-GO; Dep. Dr. Luiz Ovando PP-MS; Geraldo Leite - Secretário Executivo do CEDES; Guillermo Valles - Embaixador do Uruguai
Marcelo Ramos (centro): “Crises institucionais prejudicam a recuperação econômica”

Especialistas ouvidos pelo Centro de Estudos e Debates Estratégicos (Cedes) da Câmara dos Deputados defenderam que a retomada do crescimento econômico no período pós-pandemia vai depender de uma ação coordenada dos governos, com ênfase maior em investimentos e menor em incentivos ou subsídios setoriais.

A avaliação foi feita nesta quarta-feira (18) durante o seminário internacional que debateu o cenário econômico pós-pandemia. “O investimento tem que ser o elemento central das estratégias de desenvolvimento”, disse o diretor da divisão para a globalização e estratégias de desenvolvimento na Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad), Richard Kozul-Wright.

Para o professor associado de economia industrial da University College London, Antonio Andreoni, “estratégias minimalistas”, como concessão de benefícios fiscais para setores específicos, não são eficientes para garantir a recuperação econômica. Ele também defendeu o investimento do setor industrial. “Isso é muito importante para ter uma economia cada vez mais resiliente para responder a crises”, disse.

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A mudança no modelo econômico também foi defendida pelo professor de Economia Política e Desenvolvimento Internacional no King’s College London, Alfredo Saad-Filho. Ele afirmou que os estímulos fiscais concedidos pelos governos para combater a pandemia reduziram o apelo por austeridade fiscal. “Precisamos de um sistema econômico com impostos progressivo, como expansão dos serviços públicos”, afirmou Saad-Filho.

Elaine Menke/Câmara do Deputados
Retomada Econômica e Geração de Emprego e Renda no Pós-Pandemia. Richard Kozul-Wright - Diretor da Divisão para a globalização e estratégias de desenvolvimento na Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento
Richard Kozul-Wright: “O investimento tem que ser o elemento central”

Ambiente de negócios
O 1º vice-presidente da Câmara, deputado Marcelo Ramos (PSD-AM), que participou da abertura do evento, propôs uma estratégia baseada em três pilares para a retomada do crescimento econômico no Brasil: ambiente de negócios, política de crédito e política tributária menos regressiva.

Ramos disse que crises institucionais prejudicam a recuperação da atividade econômica. “Os períodos pós-crise são períodos de um crescimento natural. Infelizmente temos esse crescimento natural reprimido por crises institucionais que geram desconfiança e insegurança em relação à estabilidade política, econômica e institucional do nosso País”, afirmou.

Elaine Menke/Câmara dos Deputados
Retomada Econômica e Geração de Emprego e Renda no Pós-Pandemia. Dep. Francisco Jr. PSD-GO
Francisco Jr. defendeu mais planejamento e menos improviso nas ações

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Já o deputado Francisco Jr. (PSD-GO) incluiu o planejamento como um fator essencial para o desenvolvimento do Brasil. “Não podemos fazer isso de forma improvisada e de última hora. É necessário discutir, debater e nos preparar devidamente”, disse.

O deputado é um dos relatores do estudo “Retomada econômica e geração de emprego e renda no pós-pandemia” que está sendo conduzido pelo Cedes. O outro é o presidente do centro, deputado Da Vitória (PP-ES).

O seminário internacional continua nesta tarde. O evento pode ser acompanhado ao vivo pelo portal e-Democracia.

Reportagem – Janary Júnior
Edição – Roberto Seabra

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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