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Especialistas pedem mais recursos para prevenção à violência contra crianças e adolescentes

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Vinícius Loures/Câmara dos Deeputados
Prevenção à violência contra crianças e adolescentes no PLOA 2023. Dep. Erika Kokay (PT - DF) ; Dep. Maria do Rosário (PT - RS) ; Débora Cristina dos Reis da Costa - ESPECIALISTA EM ORÇAMENTO PÚBLICO DO CENTRO MARISTA DE DEFESA DA INFÂNCIA ; Cassia Carvalho - REPRESENTANTE DA PARCERIA GLOBAL PELO FIM DA VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES ; Karina Figueiredo - COORDENADORA NACIONAL DO COMITÊ NACIONAL DE ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA SEXUAL ; Lucas José Ramos Lopes - SECRETÁRIO EXECUTIVO DA COALIZÃO BRASILEIRA PELO FIM DA VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES.
Especialistas afirmam que Brasil não destina recursos para a prevenção

Especialistas ouvidos pela Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados pediram mais recursos, além de área específica, no Orçamento para 2023 para a prevenção à violência contra crianças e adolescentes.

Segundo Lucas Lopes, da Coalizão Brasileira pelo Fim da Violência contra Crianças e Adolescentes, o Brasil não possui uma estratégia nacional com o objetivo de combater a violência antes que ela aconteça. Nesse sentido, Lopes pediu a inclusão, na Lei de Diretrizes Orçamentárias, de uma diretriz específica sobre prevenção, porque, para ele, ela começa no orçamento público.

“Qual foi a última vez que este País colocou no seu Plano Plurianual um investimento continuado em prevenção às violências? O direcionamento dos investimentos públicos tem sido na resposta e no enfrentamento”, apontou.

Para a especialista em Orçamento Público do Centro Marista de Defesa da Infância Débora Cristina da Costa, é necessário mapear o quanto a União está destinando ao combate à violência contra crianças e adolescentes, para analisar quais áreas podem receber menos verba e, assim, priorizar outras.

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“Não apenas observando a quantidade de recurso, mas a qualidade da utilização desses recursos, o uso adequado deles. Precisamos cobrar do governo, do Poder Executivo, principalmente, essas informações de forma adequada, para que a gente consiga fazer o controle social que tanto a gente quer.”

Marcia Accioli, do Instituto de Estudos Socioeconômicos, reforçou que só é possível monitorar esse processo orçamentário se ele for transparente em todos os níveis – federal, estadual e municipal –, o que não é o caso.

“Os recursos reduziram drasticamente. Em algumas áreas, chegou a uma redução de mais de 90%, como é o caso do trabalho infantil. O enfrentamento à violência sexual de crianças desapareceu na peça orçamentária. E o que isso significa? Falta de transparência, dificuldade de monitoramento e a desobrigação política com determinadas ações”, afirmou.

Sistema unificado
Para a deputada Erika Kokay (PT-DF), além da recomposição desse orçamento, seria interessante um sistema unificado, sugestão que ela quer encaminhar para a equipe de transição do novo governo.

“Precisa existir um diálogo entre as esferas. Muitas vezes o município não dialoga com o estado. E município, quando tem o seu plano – muitas vezes não tem – de combate à violência, ao mesmo tempo não dialoga com o estado, que não dialoga com a União”, disse Kokay.

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Cassia Carvalho, da Parceria Global pelo Fim da Violência contra Crianças e Adolescentes, ressaltou que, a cada ano, metade das crianças sofre algum tipo de violência. Ela citou um estudo da Organização das Nações Unidas sobre o tema, e a conclusão é de que toda forma de violência pode ser evitada, principalmente por ações governamentais.

Reportagem – Amanda Aragão
Edição – Ana Chalub

Fonte: Câmara dos Deputados Federais

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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