POLITÍCA NACIONAL
Especialistas reconhecem importância de bolsas de estudos por mérito esportivo
POLITÍCA NACIONAL

Debatedores ouvidos nesta segunda-feira (12) pela Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados reconheceram a importância do esporte para que jovens alcancem o ensino de nível superior. As bolsas de estudo por mérito esportivo, ainda pouco difundidas entre as universidades brasileiras, foram um dos benefícios promovidos pelos Jogos Universitários Brasileiros (JUBs), realizados em Brasília (DF,) em setembro.
Os jogos são resultado de uma parceria entre a Confederação Brasileira do Desporto Universitário (CBDU) e a Secretária Nacional de Esporte, Lazer e Inclusão Social do Ministério da Cidadania. Segundo os organizadores, o investimento para a realização do evento está no patamar de R$ 8 milhões.
O presidente da CBDU, Luciano Cabral, estima que ao todo foram oferecidas aos participantes 16 mil bolsas de estudo na iniciativa privada, com descontos que variam de 50% a 100%. “Os investimentos feitos no esporte universitário brasileiro têm proporcionado que jovens possam ter acesso ao ensino superior por serem atletas universitários independentemente de seu nível técnico”, destacou.
Ele observou que a oferta de bolsas também alcançou os atletas que participaram das etapas estaduais, mas não se classificaram para a final.
Finalista do JUBs e seis vezes campeã, a judoca Yasmim Lima comemorou o interesse da CBDU não apenas pelo desempenho esportivo, mas pelo futuro acadêmico dos atletas. Segundo ela, o esporte foi um instrumento vital para sua inclusão na universidade. “Meus pais não tinham condição, não era nem para eu estar fazendo judô, imagina uma faculdade. Através do esporte, as portas foram se abrindo e eu consegui uma bolsa de estudos”, relatou. Ela disputa uma vaga para os Jogos Olímpicos de Verão, que acontecerá em Paris, em 2024.
O deputado Júlio Cesar Ribeiro (Republicanos-DF), que solicitou o debate, elogiou os impactos inclusivos do JUBs. “Tenho certeza de que são duas ferramentas poderosíssimas que temos: o esporte e a educação”.
A Secretária Nacional de Esporte, Lazer e Inclusão Social do Ministério da Cidadania, Fabíola Molina, destacou a valorização da pessoa com deficiência durante as competições. “Pude conversar com alguns paratletas e vi a alegria que eles sentem ao estar na competição. Eles nadavam inclusive na mesma série dos atletas sem deficiência. A gente sabe o impacto positivo na vida deles”, disse a executiva.
Reportagem – Emanuelle Brasil
Edição – Geórgia Moraes
Fonte: Câmara dos Deputados Federais


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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