POLITÍCA NACIONAL
Fala do presidente Lula sobre ação de Israel na Faixa de Gaza repercute no Plenário da Câmara
POLITÍCA NACIONAL
Deputados da oposição criticaram a fala do presidente Lula em que comparou a ação de Israel na Faixa de Gaza ao extermínio de judeus pelos nazistas no século passado. Parlamentares governistas defenderam o discurso e criticaram a ação do governo israelense contra o povo palestino.
A líder da Minoria, deputada Bia Kicis (PL-DF), disse que poderá haver retaliação israelense em diferentes âmbitos como repercussão do discurso do presidente. “A crise aberta pelo palpite infeliz de Lula muito provavelmente acarretará prejuízos para o desenvolvimento científico, tecnológico, a segurança e a defesa nacionais”, disse, ao citar a computação dos caças suecos Gripen, adquiridos pelo governo brasileiro.
Para o deputado Coronel Assis (União-MT), a comparação de Lula mostra sua incapacidade de compreender a história mundial. “O maior mandatário do País não passa de um trapalhão diplomático. A diplomacia brasileira está indo pro ralo”, disse.
Segundo o deputado Luiz Lima (PL-RJ), a fala de Lula foi infeliz e põe em risco a relação de Brasil com Israel. Ele afirmou que a população judaica, em todo mundo, não igualou o número de 16 milhões de judeus em 1939. “A gente teve uma queda no número de judeus no mundo que até hoje não foi recuperada.”
A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) defendeu o discurso de Lula que foi, segundo ela, uma crítica à ação do governo israelense e não ao povo judeu. “O presidente Lula fala de Hitler — nem a palavra holocausto ele usou — ele, na verdade, repudia o genocídio que foi feito contra o povo judeu no período do nazifascismo na Segunda Guerra Mundial”, afirmou. Para Feghali, só quem não vê o que está acontecendo na Palestina considera que não há genocídio. “Não são soldados contra soldados, é um exército contra mulheres e crianças e um povo desarmado.”
As críticas dos deputados de oposição, para o deputado Padre João (PT-MG), mostram indiferença ao extermínio de milhares de palestinos ao longo do conflito. “O Lula se agiganta como liderança internacional. São mais de 160 países que pediram o cessar-fogo depois da fala do Lula.”

O deputado Rogério Correia (PT-MG) fez coro à defesa do presidente Lula. “Não mandar parar um genocídio, uma carnificina na Palestina é não ter nada na consciência. Dez mil crianças mortas e fingem que não veem”, disse.
O deputado Chico Alencar (Psol-RJ) reconheceu que Lula fez uma comparação que é sempre arriscada em qualquer genocídio. Ele defendeu, porém, a fala para criticar o que está acontecendo em Gaza “que é sim uma covardia, um genocídio, uma reação absolutamente desproporcional ao ato aterrorizante do Hamas”.
De acordo com a bancada governista, as críticas da oposição são, na verdade, uma “cortina de fumaça” para tirar o foco as investigações sobre os ataques do 8 de janeiro e as tentativas de deslegitimar o resultado das eleições de 2022.
Polêmica
O presidente Lula classificou como “genocídio” e “chacina” a ação de Israel na Faixa de Gaza em resposta aos ataques terroristas promovidos pelo Hamas. Ele comparou a ação israelense ao extermínio de milhões de judeus pelos nazistas chefiados por Adolf Hitler durante a segunda guerra mundial. Lula falou em entrevista durante a 37ª Cúpula da União Africana em Adis Abeba, na Etiópia.
“O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu: quando o Hitler resolveu matar os judeus”, disse, no domingo. O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, disse que a fala é “vergonhosa” e que Lula “cruzou uma linha vermelha”.
Depois das declarações, o governo israelense declarou Lula como persona non grata, ou seja, o presidente brasileiro não é mais bem-vindo em Israel. Em resposta, o governo brasileiro mandou seu embaixador em Israel voltar para o Brasil.
O ataque do grupo Hamas em outubro de 2023 deixou cerca de 1.200 mortos, a maioria de civis. Outras 250 pessoas fora sequestradas e algumas permanecem reféns. A ofensiva militar israelense em Gaza em resposta aos ataques terroristas deixou pelo menos 29 mil mortos, a maioria mulheres, adolescentes e crianças, segundo o Ministério da Saúde do território, controlado pelo Hamas.
Impeachment
Em meio às críticas à fala de Lula, deputados de oposição comemoraram mais de 120 assinaturas pedindo impeachment do presidente por suas declarações sobre o conflito IsraelxHamas.
O deputado Cabo Gilberto Silva (PL-PB), vice-líder da oposição, defendeu o impeachment do presidente por sua declaração do fim de semana. “Não era de se espantar que os seus aliados viessem a esta Casa, ao Parlamento brasileiro, que tem história, para defender o indefensável”, disse.
Para o deputado Sargento Gonçalves (PL-RN), a fala de Lula configurou um crime de responsabilidade previsto na Lei 1.079/50. “Quem Lula quer agradar apoiando um grupo terrorista e atacando uma nação amiga?”
Reportagem – Tiago Miranda
Edição – Geórgia Moraes
Fonte: Câmara dos Deputados


MATO GROSSO
Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix
O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.
A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.
Sensação de insegurança e repercussão negativa
Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.
Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.
Fake news e manipulação política
A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.
Compromisso com transparência
Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.
A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.
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