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Famílias de presos pelos atos do 8 de janeiro apontam ilegalidades; administração penitenciária nega

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Familiares e advogados de pessoas presas pelo ataque às sedes dos três Poderes, em 8 de janeiro, denunciaram, em audiência púlica na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara do Deputados, na quarta-feira (6), que os encarceramentos foram feitos de forma ilegal e que o poder público não está respeitando as prerrogativas dos advogados.

O secretário de Administração Penitenciária do Distrito Federal, Wenderson Teles, disse que os direitos dos presos e de seus advogados estão sendo garantidos, apesar da sobrecarga trazida pelas prisões decorrentes da invasão e depredação das sedes dos Poderes..

“O DF recebe uma média de 480 custodiados por mês e, com os atos do dia 8/1, recebemos 1.398 pessoas em apenas três dias. Isso aumentou a carga de trabalho, a demanda para os policiais. A única coisa que eu pedia para todos os representantes da OAB que me procuravam era paciência para o atendimento”, afirmou.

A advogada da Associação dos Familiares e Vítimas de 8 de Janeiro, Carolina Siebra, questionou a legalidade das prisões. Segundo ela, alguns estão presos desde o início do ano sem denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), ou motivos para estarem presos. “A Polícia Federal concluiu que, para alguns deles, não havia materialidade, que não tinham cometido crimes”, afirmou.

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O vice-presidente do Conselho Federal da OAB, Rafael de Assis Horn, criticou a tendência de o sistema judiciário recorrer a prisões em regime fechado. “Foram muito banalizadas as prisões preventivas ou temporárias. A Ordem tem defendido medidas alternativas, como tornozeleiras eletrônicas ou prisões domiciliares para aqueles que não ostentam, até o término do processo judicial, qualquer tipo de periculosidade”, defendeu.

A presidente da comissão, deputada Bia Kicis (PL-DF), lembrou a morte de um  preso, Cleriston Pereira. “Mais do que apenas atos de injustiça, de violações à lei, à Constituição e ao devido processo legal, temos uma vítima fatal, que é o Clezão. Pagou o preço mais alto que se pode pagar, com a própria vida”, lamentou.

Reportagem – Dourivan Lima
Edição – Rachel Librelon

Fonte: Câmara dos Deputados

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MATO GROSSO

Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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