POLITÍCA NACIONAL
Frente parlamentar defende prioridade para o Programa Antártico Brasileiro
POLITÍCA NACIONAL
A Frente Parlamentar Mista de Apoio ao Programa Antártico Brasileiro, retomada nesta legislatura, pretende priorizar o financiamento do programa de pesquisas e assim fortalecer a presença do Brasil naquele continente.
O deputado José Rocha (União-BA), em seu terceiro ano como coordenador da frente, destacou que garantir recursos no orçamento para esse programa será uma tarefa de todos os membros da frente.
“Nós vamos trabalhar já agora no Orçamento da União para colocar recursos para esse programa. Convocar deputados e senadores, para que eles possam alocar emendas pessoais para o programa. Como também as comissões aqui na casa e no Senado, alocando recursos para que esse programa tenha sustentabilidade e sustentação financeira”, disse.
O Programa Antártico Brasileiro foi criado há 40 anos. Junto com o Brasil, outras 28 nações têm unidades de estudos no continente por meio do Tratado da Antártica, discutindo temas importantes, como o enfrentamento das mudanças climáticas.
Para o secretário da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar, contra-almirante Linhares, o apoio da frente parlamentar ajuda a manter a base brasileira no continente antártico, além de mostrar a preocupação do legislativo em participar dos debates e estudos relacionados ao futuro climático.
“O que mais caracteriza o Programa Antártico Brasileiro é a diversidade de pessoas e de ideias. Ele é administrado por uma comissão interministerial coordenada pela Marinha do Brasil, então a presença do parlamentar acompanhando, orientando e traçando os rumos seguros para o programa antártico poderá traçar claramente uma longevidade que a gente espera que seja por muito anos e garanta essa presença inafastável do Brasil na Antártica”, disse Linhares.
Pesquisas
A secretária de Políticas e Programas Estratégicos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Márcia Barbosa, ressaltou que a colaboração entre o Congresso Nacional, o ministério e a Marinha fortalece as pesquisas científicas e auxilia no desenvolvimento do país.
“Uma parceria importante é a gente manter os grupos de pesquisas, porque só ter a base é importante geopoliticamente. Mas, ter cientistas lá dentro que recebem o financiamento, ano após ano, para estar desenvolvendo pesquisa, compreendendo o que está acontecendo no clima daquele lugar que vai dar compreensão do que está acontecendo no nosso clima, é um instrumento importante”, afirmou ela.
Durante o lançamento da frente parlamentar, cientistas e militares que moram na base brasileira Comandante Ferraz, na Antártida, mostraram por chamada de vídeo as instalações da unidade, como o ambulatório médico, o refeitório e também equipamentos de pesquisas e manuseio de máquinas.
Reportagem – Maria Suzana Pereira
Edição – Roberto Seabra
Fonte: Câmara dos Deputados
GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
-
Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
-
Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
-
Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
-
Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
-
Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
-
Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
-
Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
-
Perda de mercado para concorrentes de outros países.
-
Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
-
Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
-
Carnes bovina, suína e de frango
-
Café
-
Suco de laranja
-
Soja e derivados
-
Minério de ferro e aço
-
Aeronaves e peças da Embraer
-
Cosméticos e produtos farmacêuticos
-
Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
-
MATO GROSSO3 dias atrásVila Bela da Santíssima Trindade recebe primeiro evento itinerante de afroturismo de MT
-
MATO GROSSO3 dias atrásAACCMT lança campanha para arrecadar alimentos e presentes para crianças em tratamento contra o câncer
-
MATO GROSSO3 dias atrásGrupo Petrópolis lança o ReCiclo, veículo elétrico que visa ampliar a margem de reciclagem de garrafas de vidro
-
MATO GROSSO2 dias atrásGoverno Federal publica decreto que atende pedido da Acrismat e flexibiliza contratação de veterinários para inspeção em frigoríficos
-
MATO GROSSO2 dias atrásFrederico Tannure Filho é reeleito presidente da Acrismat para o triênio 2026–2028
-
MATO GROSSO1 dia atrásAtletas de Mato Grosso e de Rondônia disputam o cinturão do MT Warriors; confira o card completo
-
MATO GROSSO1 hora atrásLojas Bebel apresenta sua primeira coleção de fabricação própria regional no Cuiabá Fashion Week
-
ARTIGOS1 hora atrásO avanço dos condomínios tipo clube em Cuiabá