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Governo inclui revisão de gastos públicos no projeto da LDO

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O projeto da LDO de 2025 (PLN 3/24) traz uma inovação do arcabouço fiscal (LC 200/23), que é a inclusão da revisão de gastos no processo orçamentário. O governo teve que estimar gastos que serão revistos no período de 2025 a 2028 e concluiu que isso poderá gerar uma economia de R$ 37,3 bilhões com benefícios previdenciários e seguro agrícola (Proagro).

“A revisão consiste no processo de analisar gastos públicos existentes a fim de identificar oportunidades de melhoria com vistas a abrir espaço orçamentário e financeiro para a manutenção da sustentabilidade fiscal e o financiamento de novas prioridades”, explica o governo na mensagem que enviou ao Congresso junto com o projeto.

Previdência
Nos benefícios previdenciários, o governo afirma que a implantação da perícia eletrônica para concessão do auxílio por incapacidade temporária reduziu a fila de espera do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de 112 dias em julho para 69 dias em dezembro de 2023. A economia é gerada porque o instituto paga menos encargos pelo atraso na concessão. A estimativa é de um custo individual médio de R$ 1.929,12 com a perícia eletrônica. Já a perícia normal custaria R$ 3.705,56.

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O outro campo de ação é o combate às fraudes previdenciárias. Serão feitos investimentos em ciência de dados e inteligência artificial. O INSS também vai usar novos servidores para cobrar administrativamente benefícios pagos de forma indevida.

Seguro agrícola
No caso do seguro agrícola, as medidas foram tomadas recentemente e terão reflexo este ano ainda. Foi reduzido o limite de enquadramento no programa de um faturamento de R$ 335 mil para R$ 270 mil. Segundo o governo, este limite foca mais na agricultura familiar, pois os médios produtores já teriam o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR). Também foi reduzido o teto para o pagamento da garantia de renda mínima ao agricultor, para R$ 9 mil.

Na mensagem da LDO, o governo afirma que os próximos “alvos” da revisão de gastos são os benefícios fiscais e o seguro-defeso. O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, disse que existem 250 mil pescadores no País, mas os beneficiários do seguro-defeso são 800 mil. O seguro paga um benefício ao pescador no período de proteção de alguma espécie.

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Reportagem – Silvia Mugnatto
Edição – Ana Chalub

Fonte: Câmara dos Deputados

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MATO GROSSO

Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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