POLITÍCA NACIONAL
Grupo de Trabalho retoma análise do novo Código de Processo Penal
POLITÍCA NACIONAL
Criado no ano passado, o Grupo de Trabalho do novo Código de Processo Penal (CPP) da Câmara dos Deputados retomou os trabalhos nesta terça-feira (26). A ideia é substituir o antigo código. O novo texto, que foi elaborado por uma comissão juristas reunidos pelo Senado, vem sendo analisado desde 2019.
O relator do Grupo de Trabalho do novo CPP, deputado João Campos (Republicanos-GO), considera que a legislação em vigor, de 1941, é “retrógrada, ultrapassada e contribui para a impunidade dos criminosos e para a morosidade da Justiça”.

Campos cita como principais alterações propostas no novo código a regulamentação da investigação criminal pelo Ministério Público, a criação do instituto da investigação defensiva — que autoriza o advogado a investigar provas — e do instrumento de Cooperação Jurídica Internacional, que estabelece mecanismos para a apuração de crimes transnacionais, aqueles cometidos além das fronteiras de um único país.
O deputado destaca, ainda, entre as muitas mudanças propostas, a ampliação dos direitos das vítimas, o disciplinamento para a validação de provas digitais e o aperfeiçoamento das competências do Tribunal do Júri nos casos de crimes contra a vida, os homicídios.
Lentidão da Justiça
João Campos ressalta, ainda, dois pontos do novo CPP que considera importantes para ajudar a combater a tão falada lentidão da Justiça brasileira: um deles é a introdução do preceito da não persecução penal, por meio do qual crimes de menor gravidade podem ser resolvidos por acordo, antes mesmo de ser iniciada uma ação judicial. E o outro é a limitação do número de recursos possíveis, que, muitas vezes, são usados apenas para retardar o andamento dos processos.
“O atual Código tem recursos de tudo quanto é natureza, e tem recursos que não são para o advogado, para a defesa exercer aquela garantia constitucional chamada da ampla defesa. Alguns são de natureza procrastinatória, para impedir que o processo ande e tenha uma conclusão. Nós estamos enxugando essa parte para garantir apenas os recursos que assegurem a ampla defesa, o contraditório, o devido processo legal, e acabar com os recursos procrastinatórios, que não se justificam e que contribuem para a impunidade ”.
O deputado João Campos afirmou que pretende concluir os trabalhos do grupo e levar o novo texto do Código de Processo Penal brasileiro para ser votado no Plenário ainda no primeiro semestre deste ano.
Reportagem – Silvério Rios
Edição – Ana Chalub


MATO GROSSO
Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix
O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.
A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.
Sensação de insegurança e repercussão negativa
Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.
Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.
Fake news e manipulação política
A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.
Compromisso com transparência
Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.
A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.
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