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POLITÍCA NACIONAL

Historiadores destacam papel das mulheres no processo de Independência do Brasil

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POLITÍCA NACIONAL

Raisa Mesquita/Câmara dos Deputados
D. Leopoldina e as mulheres no processo de Independência do Brasil. Dep. Soraya Santos PL-RJ; Maria Celi Chaves Vasconcelos - PROFESSORA UNIVERSITÁRIA, AUTORA DE ESTUDOS SOBRE DONA LEOPOLDINA; Paulo de Assunção - DOUTOR EM HISTÓRIA IBÉRICA; Denise Porto - HISTORIADORA
Soraya Santos (ao microfone): “É preciso revisitar a biografia de D. Leopoldina”

No terceiro dia do seminário “O Movimento da Independência” na Câmara dos Deputados, nesta quinta-feira (30), historiadores destacaram o papel das mulheres no processo de Independência do Brasil, em 1822.  

A deputada Soraya Santos (PL-RJ) ressaltou a importância de tirar as mulheres da invisibilidade no processo da independência, especialmente da imperatriz Leopoldina, primeira esposa do imperador d. Pedro I.

“Ela foi responsável, dentro da missão assumida no seu casamento, por compartilhar bagagem cultural, conhecimento geopolítico, e ao mesmo tempo que ela partilhava isso como uma grande missão, ela era calada por essa missão”, salientou.

Para a parlamentar, é preciso revisitar a biografia de d. Leopoldina para incluir um olhar sobre a sua estratégia política. Ela disse ainda que a história desmistifica a ideia de que mulheres não gostam de política.

Professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e autora de estudos sobre D. Leopoldina, Maria Celi Chaves Vasconcelos disse que o processo de silenciamento de mulheres na história atingiu a imperatriz.

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“Quando nós olhamos o processo de independência, nós vemos uma série de homens, e a imperatriz Leopoldina foi colocada fora do acontecimento”, afirmou. Segundo ela, a memória sobre Leopoldina está condenada a aspectos de sua intimidade. Maria Celi expôs e analisou uma série de cartas da imperatriz que revelam como exercia influência sobre d. Pedro I e, ao mesmo tempo, era temida por ele, por conta de sua influência política e carisma.

Raisa Mesquita/Câmara dos Deputados
D. Leopoldina e as mulheres no processo de Independência do Brasil. Paulo de Assunção - DOUTOR EM HISTÓRIA IBÉRICA
Assunção: “Amélia de Leuchtenberg foi eminência parda no Segundo Império”

Amélia de Leuchtenberg
Doutor em História Ibérica, Paulo de Assunção afirmou que Amélia de Leuchtenberg, segunda esposa do imperador d. Pedro I e imperatriz do Brasil entre 1829 e 1831, foi ainda mais apagada que d. Leopoldina. Segundo ele, ela foi uma “eminência parda em todo o segundo império influindo em Portugal, no Brasil e na Corte Francesa”. E, após o falecimento de D. Pedro, foi responsável pela preservação da memória dele. Ainda assim, teve de brigar para receber o dote a que tinha direito por contrato.

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A historiadora Denise Porto chamou a atenção, por sua vez, para a importância da viajante inglesa Maria Graham, que veio para o Brasil durante o processo de independência e fez relatos memoriais da vida privada do palácio. O conhecimento sobre isso se revelou, por exemplo, por meio de cartas trocadas entre Maria Graham e a Imperatriz Leopoldina.

Reportagem – Lara Haje
Edição – Roberto Seabra

Fonte: Câmara dos Deputados Federais

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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