POLITÍCA NACIONAL
Kim Kataguiri é eleito presidente da Comissão de Educação
POLITÍCA NACIONAL

O deputado Kim Kataguiri (União-SP) foi eleito (24 votos favoráveis e 9 em branco) presidente da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (27). Ele substituirá a deputada Professora Dorinha Seabra Rezende (União-TO) no cargo. Também foi eleito hoje o deputado Moses Rodrigues (União-CE) como 1º vice do colegiado – os 2º e 3º vices serão escolhidos em outra reunião.
Kim Kataguiri lembrou que, por ser ano eleitoral, a comissão terá de trabalhar muito e em curto espaço de tempo. “Temos de tentar sanar um pouco do prejuízo que tivemos na educação nos últimos dois anos [por causa da pandemia]”, declarou.
O deputado informou que tem se reunido com ex-ministros e com gestores estaduais e municipais para fazer um diagnóstico dos principais problemas no ensino. “A educação brasileira se transformou em uma mera burocracia para se conseguir o diploma. As pessoas se formam no ensino médio sem saber coisas básicas”, apontou.
O novo presidente da comissão defendeu prioridade de investimentos nos anos iniciais de ensino. “Uma criança que não sabe ler e escrever está condenada neste sistema atual de perpetuação da miséria e desigualdade social”, disse.
Ele acrescentou que a comissão atuará de forma dura na apuração de denúncias de corrupção na aplicação de recursos no setor. “O problema de gestão no ensino brasileiro também envolve canalhice. Roubar dinheiro da educação compromete a vida de famílias inteiras”, afirmou.
Críticas
Os deputados Glauber Braga (Psol-RJ) e Ivan Valente (Psol-SP) criticaram a candidatura de Kim por não concordarem com a “visão liberal” de mundo do parlamentar.
Já os deputados Tiago Mitraud (Novo-MG) e Átila Lira (PP-PI) apoiaram a chapa e defenderam maior participação da iniciativa privada no sistema educacional brasileiro.
Biografia
Kim Kataguiri tem 26 anos e está em seu primeiro mandato na Câmara dos Deputados. Elegeu-se em 2018 como um dos deputados mais jovens da história do País, com a quarta maior votação em São Paulo. Ficou conhecido por ter sido um dos cofundadores e coordenadores do Movimento Brasil Livre (MBL), organização política liberal, criada em 2014, que protagonizou frequentes protestos a favor do impeachment de Dilma Rousseff e de ações políticas em todo o Brasil.
Em 2015, tornou-se colunista do jornal Huffington Post Brasil e, em 2016, passou a assinar uma coluna na Folha de S.Paulo. Também em 2016, Kim Kataguiri passou no vestibular do Instituto de Direito Público (IDP) em São Paulo, ingressando na primeira turma do curso de direito da instituição. Em outubro de 2015, a revista americana Time classificou Kataguiri como um dos jovens mais influentes do mundo naquele ano.
Atribuições
Como presidente da Comissão de Educação, Kim Kataguiri terá responsabilidade pela pauta de assuntos relativos a educação em geral; política e sistema educacional, em seus aspectos institucionais, estruturais, funcionais e legais; direito à educação; e recursos humanos e financeiros para o setor.
Da Redação – MO


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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