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Líderes partidários apontam desafios do novo governo Lula

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Marck Castro/Câmara dos Deputdos
Chegada de autoridades ao Congresso Nacional para a posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva. Dep. José Guimarães (PT-CE)
José Guimarães quer compor base sólida na Câmara

Líderes partidários que compareceram à cerimônia de posse do presidente da República, no Congresso Nacional, apontaram os desafios e as prioridades do terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva. O novo líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), falou da estratégia de composição de uma base parlamentar que garanta a governabilidade do país.

“A posse é um momento forte de esperança e evidentemente de emoção por tudo o que ocorreu no País. Vamos estar muito sintonizados com esse sentimento de esperança do Brasil com o novo governo. A nossa expectativa aqui da Câmara é trabalhar muito, compor uma base sólida, dialogar e respeitar o Parlamento”.

Na mesma linha, o novo líder do governo no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), também destacou a necessidade de restabelecer o diálogo com a sociedade em geral. “Que seja o ano da reconciliação e da reconstrução nacional. É este o signo do governo que está entrando e inaugurando seus trabalhos. E vamos pegar no serviço porque tem muito trabalho e o povo brasileiro nos espera”.

O líder do PC do B, deputado Renildo Calheiros (PCdoB-PE), ressaltou a repercussão internacional da posse de Lula, acompanhada por quase 70 chefes de Estado ou de governo e ministros. “Não é uma vitória só do Lula. É uma vitória da democracia. Por isso, ela é festejada no mundo inteiro. Isso mostra a expectativa que o mundo estava vivendo com a eleição aqui no Brasil, pelas importâncias política, econômica e natural que o Brasil tem e as riquezas que ele possui”.

Marck Castro/Câmara dos Deputdos
Chegada de autoridades ao Congresso Nacional para a posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva. Sen. Randolfe Rodrigues (REDE/AP)
Randolfe Rodrigues quer restabelecer diálogo com a sociedade

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O vice-líder do PDT, deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS), aposta em maior enfrentamento dos desafios da inclusão social. “O Brasil é um país rico de um povo pobre e esse povo pobre quer a sua parte, a sua partilha. Esse é o grande desafio, presente na saúde, na educação, na economia, na inclusão. A democracia permite o acesso a todos esses segmentos”.

A deputada Fernanda Melchionna (Psol-RS) é vice-líder da atual Minoria da Câmara e pretende cobrar do governo Lula a reparação do que ela chama de crimes da gestão Bolsonaro, sobretudo durante a pandemia de Covid-19 e nas ameaças à democracia. “A bancada do PSOL estará empenhada em garantir a responsabilização civil e criminal do Bolsonaro e seus aliados da extrema direita, que tantos crimes cometeram contra as liberdades democráticas e contra a vida do povo brasileiro”, ressaltou.

Vice-líder do Progressistas, um dos principais partidos da base do governo de Jair Bolsonaro, o deputado José Nelto (PP-GO) manifestou apoio ao governo Lula no enfrentamento dos principais desafios do Brasil, como nas recentes mudanças orçamentárias que garantiram o auxílio emergencial às famílias em situação de vulnerabilidade social. “O partido já deu um sinal para o presidente da República por meio do presidente (da Câmara) Arthur Lira e por quase 90% da bancada a favor da PEC da Transição, que vai garantir ao presidente da República entregar para cada cidadão e cada mãe (em situação vulnerável) R$ 600 que não estavam no Orçamento da União”.

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A efetiva base aliada e a oposição ao governo Lula na Câmara só ficarão mais evidentes a partir de primeiro de fevereiro, quando tomarão posse os deputados federais eleitos em outubro do ano passado.

Reportagem – José Carlos Oliveira
Edição – Geórgia Moraes

Fonte: Câmara dos Deputados Federais

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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