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Lira diz que legalização de jogos é tema polêmico que o Plenário terá de enfrentar; acompanhe

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POLITÍCA NACIONAL


Paulo Sergio/Câmara dos Deputados
Discussão e votação de propostas. Dep. Arthur Lira PP-AL
Arthur Lira comanda a sessão do Plenário

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que a legalização de jogos é um tema polêmico que o Plenário terá de enfrentar. “Estamos para aprovar ou não um projeto que gera polêmica, e as polêmicas a gente resolve no Plenário. Eu sempre deixei claro que esta Casa teria autonomia para o Plenário decidir sobre os mais diversos temas sem preconceito de nenhum deles. Foi um compromisso que fiz quando eleito presidente desta Casa”, disse.

Lira ressaltou que vai cumprir rigorosamente o Regimento Interno na votação da proposta (PL 442/91) que legaliza cassinos, bingos, vídeo-bingos, jogos on-line, jogo do bicho e turfe por meio de concessões.

Críticas
O texto é objeto de obstrução pela bancada evangélica e pelo PT. O partido e o coordenador da Frente Parlamentar Evangélica, deputado Sóstenes Cavalcante (União-RJ), e o deputado Eli Borges (Solidariedade-TO) apresentaram pedidos de retirada de pauta da proposta.

Cavalcante, Borges, Otoni de Paula (PSC-RJ) e Gilberto Nascimento (PSC-SP) também fizeram questionamentos regimentais. “Qual a relevância de votar este tema durante a pandemia? Não há nenhuma urgência em uma matéria como esta”, disse Nascimento.

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Criminalidade
O deputado Patrus Ananias (PT-MG) afirmou que os deputados não podem transformar o Brasil em um grande cassino e deixá-lo “de portas abertas para a criminalidade e a corrupção”. “Nós bem sabemos que os cassinos não são espaços de virtude e dos valores que queremos preservar”, declarou.

Ele afirmou que o turismo nacional deve ser vinculado às belezas naturais e à cultura nacional, e não aos cassinos. “Dizem que a abertura dos jogos vai possibilitar empregos, mas sabemos que não será assim. O turismo nós temos de pensar pelas belezas e potencialidades do País”, opinou.

Patrus Ananias ressaltou que a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou nota contra a proposta, considerando que os cassinos podem ser transformados em instrumento de lavagem de dinheiro oriundo de atividades criminosas.

Defesa
A votação foi defendida pelo deputado Giovani Cherini (PL-RS), que lembrou que os jogos on-line já são uma realidade. “Esse projeto tramita na Casa há muitos anos, e a urgência dele é porque precisamos votar algo que gere emprego para o País”, disse. “Muitos gaúchos vão a Punta del Este [Uruguai] para jogar enquanto no Brasil ficamos nessa hipocrisia.”

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Reportagem – Carol Siqueira
Edição – Pierre Triboli

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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