POLITÍCA NACIONAL
Nova tecnologia de TV traz oportunidades e desafios para as emissoras públicas, diz especialista
POLITÍCA NACIONAL
Moderador do painel Perspectivas para a TV pública no seminário de apresentação da TV 3.0, promovido pelo Ministério das Comunicações, o servidor da Câmara Carlos Neiva ressaltou que a nova tecnologia a ser adotada pelas emissoras de televisão aberta do País traz grandes oportunidades para a comunicação pública, mas também apresenta desafios.
Segundo o servidor, que é conselheiro técnico da Associação Brasileira de Televisões e Rádios Legislativas (Astral), uma das “grandes oportunidades” trazidas pela TV 3.0 decorre da possibilidade de maior interação com o telespectador. A nova tecnologia de transmissão de sinal de TV promove a integração com a internet, o que permite ao cidadão interagir de forma mais direta com as emissoras.
No caso das redes de televisão legislativa, Carlos Neiva ressaltou a possibilidade de ampliar a informação para o telespectador, por meio de telas interativas, por exemplo.
“Na discussão no Plenário, você poderia ver a pauta, ao invés de entrar num canal e ver uma discussão que já estava começando; isso permite você contextualizar qual é a pauta, quais são as discussões previstas no dia, as votações, quem votou, de qual forma, de qual maneira, os deputados que estão presentes, fazer perguntas, uma audiência interativa”, explica.
Maior alcance
A Rede Legislativa de televisão também poderá ganhar maior alcance com a nova tecnologia, devido à distribuição de novos canais. O servidor da Câmara defende a concessão de um canal único nacional para toda a rede. Com isso, segundo afirma, seria possível implantar novas estações de TV em todo o País.
Neiva ressaltou ainda que a nova tecnologia permite uma comunicação direcionada ao telespectador de cada localidade. Como isso, haveria a possibilidade de criar políticas públicas direcionadas às necessidades do cidadão de diferentes locais, como campanhas de saúde, educação e mesmo experiências de governo digital.
Comunicação segmentada
A diretora-geral da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Maíra Bitencourt, também destacou a possibilidade de comunicação segmentada como uma oportunidade para a comunicação pública. Maíra ressaltou que, com o consumo de notícias por meio da internet ao longo de todo o dia, quando chega em casa o cidadão quer ter acesso a notícias locais. A nova tecnologia permite atender a essa demanda, segundo a especialista.
“O conteúdo geral já está presente nas redes. Quando a gente para naquele momento em casa para assistir à televisão, especificamente o noticiário, a gente espera saber o que está acontecendo ao nosso redor. Aí, com a possibilidade da hipersegmentação voltada à informação, a gente consegue potencializar também a informação hiperlocal e a informação a ser distribuída pelos nossos parceiros na construção dessa rede de comunicação pública”, explicou.
Financiamento
Como um dos principais desafios, os dois representantes das emissoras de televisão pública ressaltaram o financiamento das inovações tecnológicas necessárias à adoção do novo sistema de TV. No modelo a ser adotado, os conteúdos audiovisuais serão transmitidos por meio de aplicativos. Um dos primeiros problemas a serem enfrentados, então, é o próprio desenvolvimento de um aplicativo para as emissoras públicas.
Como sublinhou Carlos Neiva, será necessário também trocar os equipamentos de transmissão e de recepção do sinal de TV. E, além disso, é preciso criar uma rede de internet com capacidade para transportar o conteúdo das emissoras. Segundo Neiva, a Câmara já fez uma experiência com a estrutura existente hoje, e, quando a audiência aumenta, a infraestrutura não suporta a demanda e cai toda a conexão.
Pela legislação vigente, o Brasil deverá começar a transição para a TV 3.0 a partir do ano que vem.
Reportagem – Maria Neves
Edição – Ana Chalub
Fonte: Câmara dos Deputados


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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