POLITÍCA NACIONAL
Opas quer ajuda de comissão da Câmara para engajar municípios no programa Cidade Amiga do Idoso
POLITÍCA NACIONAL
Representantes da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) querem a colaboração da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa da Câmara dos Deputados para aumentar a adesão à rede global de cidades e comunidades amigas da pessoa idosa, que já tem 1.500 integrantes em todo o mundo. A ideia é que os deputados mobilizem os prefeitos de sua área de atuação.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) quer adequar esse movimento de colaboração aos parâmetros estabelecidos pela Década do Envelhecimento Saudável da ONU, que vai até 2030.
Esses parâmetros incluem satisfazer as necessidades básicas dos idosos, manter a mobilidade e as relações sociais deles, adequar os sistemas de saúde levando em conta a heterogeneidade do envelhecimento e combater o etarismo, a discriminação por causa da idade.
Atualmente, a maioria das cidades amigas dos idosos está no continente americano. Elas estão distribuídas por 13 países. Mas no Brasil, só 32 municípios participam do programa: 24 no Paraná, 4 no Rio Grande do Sul, 2 em São Paulo, 1 em Minas e 1 em Santa Catarina.
Adesão simples
O coordenador de Família, Gênero e Curso de Vida do escritório brasileiro da Opas, Ariel Karolinski, que participou da reunião com os deputados na semana passada, informa que o processo de adesão é mais simples do que se imagina. Primeiro, a prefeitura faz contato com a Opas e recebe uma visita técnica. A partir daí, é criado um grupo de trabalho para elaborar um roteiro com os avanços já realizados pela comunidade e um plano de ação com o que falta ser feito.
“A grande vantagem é a possibilidade de transformação das realidades dos municípios, da troca de experiência entre diferentes cidades, não só do Brasil como do mundo, e avançar no olhar e no cuidado que é ofertado à pessoa idosa”, explica a consultora da Opas para Envelhecimento Saudável, Maria Cristina Hoffmann.
Segundo dados apresentados pela Opas à Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa, em 2030, 1 em cada 6 habitantes das Américas terá mais de 60 anos. Para o Brasil, as estatísticas são de aumento da diferença entre a expectativa de vida geral e a expectativa de vida saudável, um problema a ser enfrentado.

Para o vice-presidente da comissão, deputado Castro Neto (PSD-PI), a preocupação maior é que o Brasil envelheça com saúde e dignidade. “Nós precisamos passar para os nossos prefeitos essas informações para criar consciência na população”, disse o parlamentar. “Somos mais de 5,5 mil municípios no Brasil. Nós temos que difundir essas informações de como tratar o idoso, os direitos que têm, das prioridades que são das prefeituras”, acrescentou.
Segundo Neto, se os prefeitos criarem a Cidade Amiga do Idoso ajudarão a difundir no Brasil “a cultura, a ideia, a responsabilidade de que precisamos nos preocupar com esse tema para termos um Brasil justo”.
Ser uma Cidade Amiga do Idoso implica adaptar estruturas e serviços para serem acessíveis e inclusivos em áreas como transporte, habitação, trabalho e participação social.
Reportagem – Cláudio Ferreira
Edição – Natalia Doederlein
Fonte: Câmara dos Deputados


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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