POLITÍCA NACIONAL
Oposição defende mudança na política de preços da Petrobras e diz que projeto sobre ICMS tem pouco impacto; acompanhe
POLITÍCA NACIONAL
Deputados de oposição pediram mudanças na política de preços da Petrobras, atualmente vinculada ao mercado internacional, como forma de evitar a inflação dos combustíveis no País.
O líder do PT, deputado Reginaldo Lopes (MG), disse que o partido vai votar favorável ao Projeto de Lei Complementar 11/20, que altera regras do ICMS sobre combustíveis, mas ressaltou que a mudança na política de preços da Petrobras teria mais impacto nas bombas. “Nós não estamos falando que vamos votar contra este projeto, mas nós não aceitamos enganar o povo brasileiro”, disse.

Para Lopes, a Petrobras deve funcionar como uma empresa capaz de regular o mercado nacional de óleo e gás e não apenas distribuir lucros e dividendos aos seus acionistas.
“A política de preços do governo Bolsonaro está quebrando o País, porque ela é uma cadeia longa que tem impacto em todos os setores econômicos: os caminhoneiros, o preço dos alimentos, os aluguéis”, disse.
O líder do PT afirmou que, se o governo praticasse o preço nacional, os combustíveis teriam queda de preço na bomba. Ele disse ainda que a proposta de diminuição da tributação atende a esforços eleitorais de Bolsonaro. “O governo agora abre mão do PIS, mas até a eleição”, criticou.
A líder do Psol, deputada Sâmia Bomfim (SP), disse que o projeto não vai mudar a realidade da política de preços do petróleo, dos combustíveis e, consequentemente, não vai impactar de fato a vida da população.
“O que precisamos fazer é a revogação imediata do PPI [preço de paridade de importação], porque isso significa que, mesmo que o Brasil tenha total condição de produzir aquilo que consome, ainda assim o nosso combustível estará atrelado ao preço do barril internacional”, defendeu.
Defesa do projeto
O texto foi defendido pelo deputado Capitão Alberto Neto (Republicanos-AM). “O projeto é muito bom, pois faz com que o preço dos combustíveis se mantenha estável, seja cobrado na fonte, e simplifica a questão dos impostos. Então, não tem como ser contra um projeto que vai beneficiar toda a nação brasileira”, disse.
Ele criticou a postura da oposição e avaliou de maneira positiva o fato de a Petrobras ter registrado recorde de lucro em 2022. “Todas as estatais estão dando lucro no governo Bolsonaro”, afirmou.
Mais informações em instantes
Reportagem – Carol Siqueira
Edição – Pierre Triboli


MATO GROSSO
Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix
O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.
A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.
Sensação de insegurança e repercussão negativa
Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.
Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.
Fake news e manipulação política
A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.
Compromisso com transparência
Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.
A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.
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