BID PANTANAL
Programa BID Pantanal terá recursos para ampliação do saneamento básico em Várzea Grande
MATO GROSSO
Oministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, anunciou mais uma ação do programa BID Pantanal para Várzea Grande. O foco é o saneamento básico no município, que hoje apresenta 29% de cobertura e 18% de tratamento de esgoto. A ação soma-se aos projetos já apresentados pelo município e aprovados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
“Várzea Grande, que já estava contemplada no BID Pantanal, tem um pleito muito relevante com relação a saneamento básico. A baixa cobertura do saneamento polui o Rio Cuiabá e o nosso Pantanal e encaixa na proposta do programa”, contextualiza o ministro.
Fávaro acrescenta que “a ideia é levar para em torno de 70% de saneamento, tratar o lodo disso como fertilizante biológico. Será um projeto inovador para o Brasil sendo feito em Várzea Grande”.
O prefeito de Várzea Grande, Kalil Baracat, entende que o tratamento de esgoto é muito importante, até pra salvar o Rio Cuiabá. “É uma demanda que requer esforço da classe política. E assim foi conquistado, através do ministro Fávaro, com a maior sensibilidade do mundo. A gente só tem a agradecer”.
Participaram da reunião que discutiu a inserção do saneamento de Várzea Grande no BID Pantanal, além do prefeito e sua equipe técnica, os deputados estaduais Wilson Santos, Júlio Campos e Fábio Tardin e a Superintendência de Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (SFA-MT).
Outros projetos – Além da melhoria no saneamento básico, Várzea Grande terá nove projetos submetidos juntamente com projetos dos demais 11 municípios que deverão ser contemplados pelo BID Pantanal. As cadeias produtivas e os temas que deverão ser beneficiados em Várzea Grande são pecuária leiteira, mel, hortifrutigranjeiros, peixe, turismo, composto orgânico, ovos caipira e infraestrutura de acesso.
No momento, está sendo montada carta consulta a ser apresentada ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Os recursos totais do BID Pantanal devem ser de R$ 2 bilhões para os dois estados que possuem o bioma, sendo R$ 1 bilhão para Mato Grosso e outro R$ 1 bilhão para Mato Grosso do Sul.
A expectativa é de que a carta seja entregue ao banco no início de 2024 e que, caso aprovado, o programa já tenha recursos financeiros liberados no segundo semestre do próximo ano. Em Mato Grosso, os municípios a serem beneficiados são Acorizal, Barão de Melgaço, Cáceres, Chapada dos Guimarães, Cuiabá, Jangada, Nobres, Nossa Senhora do Livramento, Poconé, Rosário do Oeste, Santo Antônio de Leverger e Várzea Grande.


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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