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Projeto susta redução de até 25% do IPI; deputados do Amazonas negociam novo decreto

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Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
Deliberação de Vetos. Dep. Marcelo Ramos PSD-AM
Marcelo Ramos: decreto deve prejudicar as arrecadações estaduais e municipais

O Projeto de Decreto Legislativo 46/22, do deputado Marcelo Ramos (PSD-AM), susta o Decreto 10.979/22, que reduz em até 25% o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). A bancada do Amazonas negocia com o Ministério da Economia a publicação de um novo decreto que exclui da redução de IPI os produtos que tenham processo produtivo básico na Zona Franca de Manaus, incluindo motos, aparelhos de ar-condicionado, concentrados de refrigerante, eletroeletrônicos, produtos de informática, bens finais e componentes.

Segundo o governo, o objetivo do decreto é incentivar a indústria nacional, reduzindo os preços de produtos fabricados no Brasil. No entanto, Marcelo Ramos afirma que a medida deve prejudicar a atividade industrial da Zona Franca de Manaus, que já conta com isenção de IPI e por isso teria sua vantagem competitiva reduzida em relação às fábricas de outros estados.

“Não poderíamos ter a redução para os itens produzidos na Zona Franca de Manaus sob o risco de inviabilizar a Zona Franca de Manaus e, consequentemente, seus mais de 100 mil empregos diretos”, alertou.

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O deputado apelou ao ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, e ao presidente Jair Bolsonaro para que publiquem o novo decreto. “Cada dia sem a publicação do novo decreto é mais um dia de instabilidade, é mais um dia de insegurança, é mais um dia de risco de saída das empresas do Polo Industrial de Manaus”, reclama Marcelo Ramos.

“Acontece que já foram feitas várias reuniões, e não se chegou a um acordo em relação ao texto do novo decreto. O acordo que nós firmamos é um acordo absolutamente claro, que não dá margem para interpretação”, observou o deputado.

Eleições e arrecadação
O deputado também acusa o governo de violar a legislação eleitoral ao prejudicar a isonomia entre os futuros candidatos que concorrerão na eleição presidencial. “A distribuição gratuita de benefícios por parte da administração pública é expressamente proibida em ano eleitoral”, afirma.

Outra queixa de Marcelo Ramos é que o decreto deve prejudicar as arrecadações estaduais e municipais, já que reduz os repasses ao Fundo de Participação dos Estados (FPE) e ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM). A Receita Federal estima que a redução do IPI vai reduzir a carga tributária em R$ 19,5 bilhões neste ano e R$ 20,9 bilhões no ano que vem.

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Tramitação
A proposta será analisada pelas comissões de Finanças e Tributação; e Constituição e Justiça e de Cidadania antes de seguir para votação do Plenário.

Reportagem – Francisco Brandão
Edição – Roberto Seabra

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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