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Secretário defende hidrovia no rio Tocantins; Ibama aguarda estudos de impacto ambiental

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O secretário de Transportes do Pará, Adler Silveira, defende remover a formação rochosa do Pedral do Lourenço (PA) para possibilitar a construção de hidrovia no rio Tocantins. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) promete entregar até dezembro ao Ibama os estudos necessários à concessão da licença ambiental.  Essas informações foram dadas durante debate realizado na Câmara dos Deputados na terça-feira (19).

Silveira afirmou que o estado do Pará é a última fronteira agrícola do País e que a hidrovia facilitará o escoamento da produção. “Isso aumentará a produtividade e, consequentemente, o PIB”, disse.

O secretário acrescentou que a hidrovia vai tornar o custo do frete mais barato e gerar uma “transformação social” na vida das pessoas da região.

“Mississipi brasileiro”
Autor do requerimento para realização da audiência, o deputado Vicentinho Júnior (PP-TO) apoiou o projeto. Segundo ele, “com a remoção do Pedral do Lourenço, será possível desbloquear o gargalo logístico local”.

O Pedral do Lourenço é um conjunto de formações rochosas que impede atualmente a navegabilidade no rio Tocantins. Possui cerca de 43 km de extensão e está situado entre os municípios paraenses de Marabá e Tucuruí.

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Vicentinho Júnior comentou ainda que sonha com o dia em que “tenhamos um ‘Mississipi brasileiro’, navegável, limpo e viável para todo o Brasil” – em alusão ao rio que corta o território norte-americano no sentido norte-sul.

Impacto ambiental
Adler Silveira destacou que as obras no rio Tocantins precisam respeitar questões ambientais e os direitos de povos tradicionais e originários.

O presidente do Ibama, Rodrigo Mendonça, afirmou que a instituição aguarda a conclusão dos estudos feitos pelo Dnit para decidir sobre a licença ambiental da hidrovia.

O diretor de Infraestrutura Aquaviária do Dnit, Erick de Medeiros, informou que a ideia é entregar os documentos ao Ibama até dezembro. Ele acrescentou que a autarquia de transportes pretende iniciar a retirada do Pedral do Lourenço em março de 2024.

Para garantir a navegação durante todos os meses do ano no rio Tocantins, explicou o executivo do Dnit, são necessárias obras que aumentem sua profundidade, como a dragagem – retirada de material solto no fundo do rio – e o derrocamento, que é a escavação das pedras.

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Reportagem – Joana Lacerda
Edição – Marcelo Oliveira

Fonte: Câmara dos Deputados

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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