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Sessão da Câmara lembra os 200 anos da Batalha do Jenipapo, ocorrida no Piauí

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Os 200 anos da Batalha do Jenipapo foram lembrados em sessão solene da Câmara dos Deputados. A batalha foi travada no dia 13 de março de 1823 às margens do rio de mesmo nome, na vila de Campo Maior (PI). Piauienses, maranhenses e cearenses lutaram contra as tropas portuguesas com o objetivo de assegurar a independência do Brasil, proclamada seis meses antes.

Os brasileiros que lutaram com armas simples, como foices, paus e pedras, perderam a batalha contra uma tropa com armas de fogo, mas fizeram com que a tropa inimiga desviasse seu destino. Duzentos brasileiros morreram. Do lado português, 19 morreram. Foi uma das batalhas que consolidaram a formação do território nacional.

A sessão solene na Câmara foi pedida pelo deputado Flávio Nogueira (PT-PI). “Infelizmente, a maioria dos brasileiros nunca ouviu falar desse confronto. Os nossos livros de História ignoram ou são superficiais na abordagem do evento. Não dão a real dimensão da Batalha do Jenipapo, que representa a mais sangrenta travada pelos brasileiros contra os laços que nos prendiam à Coroa Portuguesa”, destacou.

O deputado General Girão (PL-RN) afirma que a história das Forças Armadas brasileiras, dos combates travados no sertão, precisa ser cultivada. “O que está sendo feito aqui hoje deveria ser feito nas assembleias legislativas dos estados do Ceará, do Piauí, do Maranhão, do meu Rio Grande do Norte, para que as pessoas possam conhecer o que aconteceu naquela época. Isso daí deveria ser ensinado nas escolas”, disse.

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O senador Marcelo Castro (MDB-PI) lembrou que foi o ex-governador Alberto Silva, no início da década de 70, que reavivou a data. O senador citou o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, que, segundo ele, também sempre incentivou homenagens ao 13 de março durante sua gestão no governo do Piauí.

Bruno Spada/Câmara dos Deputados
Homenagem aos Duzentos Anos da Batalha do Jenipapo. Ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias.
Wellington Dias: grito do Ipiranga passa falsa ideia de que independência foi processo pacífico

Presente à sessão, Wellington Dias afirma que a imagem eternizada pelo pintor Pedro Américo com o grito do Ipiranga não encerrou essa fase de nossa História. “Fica para o Brasil uma ideia que bastou levantar aquela espada e tudo foi resolvido. Os livros contam com várias cartas do rei Dom João, afirmando que a parte norte do País, que correspondia a 60% do território brasileiro, ficaria sob o jugo português.”

O governador do Piauí, Rafael Fonteles, lembra que o Brasil é o que é graças a esse episódio. “Essa batalha permitiu ao Brasil ter o formato que tem hoje, esse país continental. Se você olhar a América espanhola, ela é toda dividida porque o processo de emancipação ocorreu em datas diferentes. Então, se a Batalha de Jenipapo não tivesse ocorrido, muito possivelmente essa região norte do Brasil só teria sido tornada independente décadas depois e possivelmente num outro país.”

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O jornalista Laurentino Gomes, autor da trilogia 1808, 1822 e 1889, afirma que a Batalha do Jenipapo derruba um mito de que a independência do Brasil foi um processo pacífico. A Batalha do Jenipapo ganhou um capítulo no livro 1822. Desde 2005, a bandeira do Piauí traz, abaixo da estrela no canto superior esquerdo, a data 13 de março de 1823.

Reportagem – Luiz Cláudio Canuto
Edição – Geórgia Moraes

Fonte: Câmara dos Deputados

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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