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Audiência Pública apresenta metodologia APAC à sociedade
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O Poder Judiciário de Mato Grosso, por meio do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário (GMF), Ministério Público do Estado e APAC Cuiabá realizaram uma audiência pública para a apresentar à sociedade a metodologia aplicada pela APAC (Associação de Proteção e Assistência aos Condenados), na noite desta quarta-feira, 28 de junho, na sede das Promotorias de Justiça da Capital.



Para o procurador Procurador-geral de Justiça, Deosdete Cruz Júnior, “a audiência pública é uma oportunidade para se discutir alternativas para o sistema prisional do Estado. Nós temos problemas crônicos e o envolvimento da sociedade é indispensável para que a gente consiga apresentar soluções efetivas”, enfatizou.
Durante a audiência pública foram apresentadas as experiências dos Estados de Minas Gerais, onde se encontram a maior parte das Apacs no Brasil, e também experiências do estado de Rondônia.

O Juiz de Direito titular do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, Luiz Carlos Rezende e Santos conta que a experiência da metodologia Apac iniciou há mais de 50 anos, no estado de São Paulo e que em Minas tem sido desenvolvida como uma política do Poder Judiciário. “É uma política de resultados muito interessantes. Principalmente com a redução do índice criminal, que é bem expressiva. Nas unidades da Apac, por exemplo, no encarceramento feminino chega a ser de zero. E a gente espera que ela seja estudada aqui em Mato Grosso por ser uma experiência muito exitosa”, observou.
Atualmente são 68 Apacs em funcionamento no Brasil e 90 em processo de implantação , num total de 6.696 recuperandos. A reincidência é menor, com uma média geral de 19,3% e a média das APACs Femininas é de 2,84%.
O custo também é menor. Enquanto nas Prisões Público-Privadas o custo médio nacional é de R$4.000 e no sistema comum é de R$2.700, nas APACs o custo médio por recuperando é de R$1.478,05.
APAC-Associação de Proteção e Assistência aos Condenados- é uma entidade civil de direito privado, com personalidade jurídica própria, dedicada à recuperação e reintegração social dos condenados a penas privativas de liberdade. Opera como entidade auxiliar do Poder Judiciário e Executivo, respectivamente, na execução penal e na administração do cumprimento das penas privativas de liberdade nos regimes fechado, semi-aberto e aberto.
Nas Apacs, os reeducandos que, como regra, devem passar pelo sistema tradicional antes de ingressar nessas unidades – reencontram duas coisas: a dignidade como ser humano e a crença real em sua recuperação.
O recuperando participa ativamente na administração do presídio, fica com as chaves das celas, o que chamou a atenção do juiz coordenador do GMF-MT, Geraldo Fidelis, há 10 anos, quando ele conheceu o método. “O preconceito é fruto do desconhecimento. Quando eu soube na época que quem ficava com a chave da cadeia era o preso, achei estranho, e que tinham mais de 18 mil saídas sem escolta e nenhuma fuga, tive que ver para crer, em Itaúna, Minas Gerais e vi que esse modelo frutificou em Minas Gerais e Mato Grosso tem espaço para esse tipo de tratamento mais humano, de acolhimento e buscar que essas pessoas quebrem as amarras e não voltem para o crime”, ressaltou.
Promotora de Justiça, coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Execução Penal, Josane Fátima de Carvalho Guariente, também destacou que a audiência pública é um passo importantíssimo e indispensável para que todos conheçam a metodologia, tirem suas dúvidas e que possam se tornar voluntários da iniciativa. “Todos ganham com essa implantação, Ganha a sociedade, pois ela é uma protetora da sociedade, e ganham as vítimas porque a Apac também promove a Justiça Restaurativa e ganham os recuperandos, pois ninguém é irrecuperável”, observou.
Roberto Carlos Costa é um exemplo. Ele passou pela Apac, e pode dizer que hoje, como ex-recupernando, a metodologia transformou sua vida. “Hoje sou o gerente-geral da Apac Ji-Paraná, e sempre sonhei com isso, então posso dizer que a Apac para mim representa vida, representa uma luz no fim do túnel. Vejo nela a única esperança para de fato recuperar aquele que está privado de liberdade. E lá na Apac a gente volta a sonhar, e hoje me sinto realizado”, enalteceu.
Conforme o presidente da Apac Cuiabá, Arthur Nogueira , nas Apacs os recuperandos não ficam isolados e sim mais próximos às famílias, são responsáveis por diversas tarefas, inclusive pela segurança do local onde estão cumprindo pena, além de estudar, trabalhar.
#paratodosverem
Esta matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão das pessoas com deficiência visual. Descrição da imagem 1: foto horizontal, da presidente do TJMT discursando no púlpito. Ela está de terno e caça marrons com botões dourado e camiseta de cor branca da Apac. Imagem 2: desembargador supervisor do GMF-MT discursando no púlpito, ele está com a camiseta da Apac e terno azul-marinho. Imagem 3: foto na horizontal, o procurador-geral de Justiça, à direita, está discursando no púlpito do auditório das promotorias de Cuiabá, à esquerda aparece a mesa composta pelas autoridades dos Poderes e órgãos envolvidos na iniciativa. Imagem 4- a desembargadora Clarice Claudino, ao centro, posa para uma foto com autoridades que participaram da audiência pública.
Eli Cristina Azevedo
Coordenadoria de Comunicação da Presidência do TJMT
imprensa@tjmt.jus.br
Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT
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