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Crianças e adolescentes são as maiores vítimas de violações no Brasil, diz secretário

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POLITÍCA NACIONAL

Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
Debate sobre o enfrentamento às múltiplas violências na Primeira Infância. Dep. Leandre PSD-PR
Leandre considera uma vitória a prioridade dada na LDO para primeira infância

O secretário nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Maurício Cunha, informou que em 2021 foram registradas mais de 100 mil denúncias de violações de direitos humanos contra crianças e adolescentes no Disque 100 – número do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos que recebe denúncias de violações de direitos humanos.

“Infelizmente, é o público que mais sofre violências, que mais sofre violações de direitos no Brasil, mais do que outros grupos vulneráveis. Inclusive, há mais denúncias do que no Disque 180, que recebe denúncias de violência contra a mulher. Isso nos traz uma preocupação muito grande, porque é o grupo que mais deveria estar sendo protegido”, avaliou.

A declaração foi dada no debate “Enfrentamento às violências na primeira infância”, promovido pela Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (10), em parceria com a Frente Parlamentar Mista da Primeira Infância. O debate faz parte das atividades do Maio Laranja, mês da Campanha de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

O secretário chamou a atenção ainda para a subnotificação dos casos. Segundo ele, alguns autores estimam que, para cada denúncia feita, 20 outras denúncias deixam de ser feitas. No dia 18 de maio, Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes, a secretaria vai lançar o Plano Nacional de Enfrentamento à Violência contra a Criança e o Adolescente. Segundo ele, até então, o Brasil contava apenas com plano de enfrentamento à violência sexual contra a criança e o adolescente, e o novo plano englobará também a violência física, psicológica e institucional, além do abuso sexual e a exploração sexual.

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O plano será orientador e norteador para estados, municípios e organizações da sociedade civil e trará ações, indicadores para medir os resultados, responsáveis pelas ações e parceiros.

Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
Debate sobre o enfrentamento às múltiplas violências na Primeira Infância. Dep. Erika Kokay PT-DF
Erika Kokay defende checagem de destinação de recursos para primeira infância

Orçamento
A deputada Erika Kokay (PT-DF) considera importante acompanhar o orçamento destinado à primeira infância para averiguar quanto de fato está sendo destinado para as políticas para essa faixa etária. Além disso, sugeriu a elaboração de um plano específico para a primeira infância, com indicadores, para servir de parâmetro para estados e municípios, como ocorre com o Plano Nacional de Educação.

Coordenadora da Frente Parlamentar Mista da Primeira Infância, a deputada Leandre (PSD-PR) informou que um grupo de trabalho da frente se dedicou a construir marcadores para acompanhar os investimentos feitos na primeira infância nos orçamentos dos ministérios. Ela considera uma vitória a prioridade dada na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para a primeira infância, que também ficará livre de [[g contingenciamento]]. Ela acrescentou que já foi enviada indicação ao governo para a elaboração do plano para a primeira infância e, informou, o governo já confirmou a elaboração do plano, que será enviado para a análise dos parlamentares.

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Conforme salientou a deputada, as crianças vítimas de violência não têm defesa nem voz, e as violências comprometem o presente e o futuro delas. “Essa criança que não é assistida no início da sua vida tem uma tendência muito grande de ir mal na escola, sair da escola, estar vulnerável ao crime e às drogas, vai ter dificuldade de entrar no mercado de trabalho e cada vez mais teremos pessoas dependentes do Estado”, avaliou.

Leandre ressaltou ainda que esse tipo violência acontece na maioria das vezes dentro do lar, onde a criança deveria estar protegida. Na pandemia, observou, esse quadro se agravou, com as crianças isoladas dentro de casa com o agressor. Segundo a deputada, vêm surgindo ainda novas formas de violência, como pelas redes sociais, especialmente a pornografia infantil. Além disso, ela chamou a atenção para outro tipo de violência que atinge as crianças brasileiras: a fome.

“Um fantasma que volta a rondar nosso País e de que com certeza mais uma vez as crianças brasileiras serão vítimas é a fome. É mais uma forma de violência contra as nossas crianças, que muito nos preocupa e que tem feito os atores da rede de proteção trabalhar nessa temática, que traz um impacto extremamente negativo no futuro das crianças”, disse.

Reportagem – Lara Haje
Edição – Geórgia Moraes

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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