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Lira diz que versão do Senado a projeto que limita ICMS a 17% será votada hoje

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Marina Ramos/Câmara dos Deputados
Deputado Arthur Lira concede entrevista. Ele está em pé e fala à frente de microfones
Lira afirma que não haverá diminuição de receita

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse, nesta terça-feira (14) em entrevista à CNN, que o Projeto de Lei Complementar 18/22, que limita a cobrança de ICMS a 17% para combustíveis, energia, transporte e comunicações será votado hoje. Os deputados precisam analisar as mudanças aprovadas pelos senadores.

A proposta já havia sido aprovada pela Casa no mês passado, mas ontem, o Senado aprovou o texto com um destaque que garante os repasses carimbados para os municípios para as áreas da saúde, educação e para o Fundeb nos casos de perdas de arrecadação dos estados. Com isso, caso haja perda de arrecadação, a União deverá compensar os estados com os mesmos recursos que tinham antes da entrada em vigor da medida.

Lira afirmou que essas alterações ainda serão analisadas pelos líderes, mas ele acredita que a proposta será rejeitada já que não haverá perda de arrecadação. “É importante se dizer que não estamos prevendo, em todas as análises que fizemos, diminuição de arrecadação nos estados. Não haverá perdas para saúde e para educação, isso foi uma versão criada pelos governadores e seus secretários”, afirmou o presidente. “Nós queremos proteger os mais vulneráveis dos efeitos danosos da inflação”, concluiu.

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“Não conto com a possibilidade de que vai haver diminuição de receita, não haverá diminuição de receita, haverá arrecadação crescente, haverá um aquecimento da economia, mais consumo e menos sonegação”, avaliou Lira.

PEC dos Biocombustíveis
Ontem o Senado também aprovou a Proposta de Emenda à Constituição 15/22, que estimula a competitividade dos biocombustíveis em relação aos concorrentes fósseis.

O texto mantém benefícios para fontes limpas de energia por pelo menos 20 anos. A proposta faz parte do pacote de projetos com objetivo de conter a alta no preço dos combustíveis.

Lira tenta um acordo com os partidos de oposição para acelerar a tramitação da proposta. “Se nós nos detivermos a questões políticas, quem vai pagar é a população. Se tiver unanimidade, a PEC entra semana que vem.” Se não houver acordo, “poderemos ter uma votação expressa na CCJ para votarmos daqui a um mês [no Plenário]”.

O presidente da Câmara ressaltou que esse tema não é eleitoral. “É um tema vital para minimização dos efeitos da inflação para os mais necessitados do Brasil”, afirmou.

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Estado de calamidade
Lira afirmou ainda que a decretação de um novo estado de calamidade para enfrentar os aumento dos combustíveis sem a limitação imposta pelos tetos de gastos não é uma boa saída. Segundo ele, a solução é diminuir impostos para combater a inflação e incluir novos setores como essenciais vai ajudar a corrigir esse aumento.

Lira, no entanto, cobrou a contribuição dos governadores para reparar distorções. “A saída é a diminuição de impostos, em alguns casos, zerar os impostos. O estado de calamidade não é uma boa ideia”, reforçou.

Reportagem – Luiz Gustavo Xavier
Edição – Natalia Doederlein

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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