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Representantes do setor cultural pedem regulamentação da Lei Paulo Gustavo

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POLITÍCA NACIONAL

Representantes do setor cultural defenderam nesta quinta-feira (25), em audiência pública na Câmara dos Deputados, a regulamentação pelo governo federal da Lei Paulo Gustavo. A norma foi criada para incentivar a cultura e garantir ações emergenciais, a fim de enfrentar as dificuldades decorrentes da pandemia de Covid-19.

Na avaliação da deputada Erika Kokay (PT-DF), que coordenou o debate na Comissão de Cultura, cabe fazer pressão para a regulamentação sair o mais rápido possível e, a partir daí, trabalhar com o que já está posto. “A regulamentação é para que os estados possam se adequar, trabalhar com a incorporação no orçamento e para que haja editais e ações”, afirmou a parlamentar.

Billy Boss/Câmara dos Deputados
Audiência Pública-  Regulamentação do exercício das profissões de Conservador-Restaurador. Dep. Erika Kokay PT-DF
Erika Kokay: regulamentação é importante para que haja editais e ações

A Lei Paulo Gustavo, que recebeu esse nome em homenagem ao ator e comediante morto de Covid-19 em maio do ano passado, autoriza o repasse de R$ 3,86 bilhões em recursos federais a estados e municípios para fomento de atividades e produtos culturais, como forma de atenuar os efeitos da pandemia. Do total a ser liberado pelo Poder Executivo, cerca de R$ 2,8 bilhões devem ir para o setor de audiovisual. Outro R$ 1 bilhão será repartido entre outras atividades culturais.

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“Quem tem fome tem pressa. Como vamos garantir que esse recurso chegue aonde deve, na ponta? Como vai ser a execução nas localidades, nos municípios?”, questionou o vice-presidente da Associação Artística Mapati – Ponto de Cultura, Yuri Soares Franco.

Um dos participantes da audiência, Yuri Franco lembrou que os fazedores de cultura ainda não se recuperaram do baque da crise sanitária e econômica. Em razão da suspensão das atividades culturais presenciais, houve um êxodo de profissionais da área, que tiveram de buscar abrigo em outros setores. “Trazer essas pessoas, formar novos profissionais é algo que demanda tempo, assim como retomar contatos, laços com o público”, disse.

Cronograma
Assessora técnica da Comissão de Cultura da Câmara, Chris Ramirez explicou que a regulamentação da lei pode ocorrer até 6 de outubro, quando poderá ser aberta a plataforma para que estados e municípios apresentem seus planos de trabalho e possam receber as verbas. “O prazo para a execução dos recursos seria até 31 de dezembro, mas, em razão das eleições, pode ser prorrogado até março de 2023”, observou.

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A orientação de Chris Ramirez é para que entes federativos e agentes culturais já comecem a se organizar, preparem seus projetos e se preparem para editais. Em caso de pessoa física, a documentação já deve estar organizada. Empresas, por sua vez, devem verificar sua situação, uma vez que a Lei Paulo Gustavo possibilita o pagamento de dívidas vencidas e a vencer.

O conselheiro de Cultura do Distrito Federal, Wellington Nascimento, informou que o órgão já está abrindo escutas e criando um grupo de trabalho para atender a demandas e reunir contribuições, a fim de que cada rincão de cultura do DF receba os recursos da melhor maneira possível.

Expresso 168
O debate de hoje integrou o “Expresso 168”, espaço permanente de diálogo e fiscalização das políticas públicas, na forma de encontros com gestores, produtores e artistas de todas as linguagens para discutir a política cultural.

Promovidos desde 2013, os encontros do “Expresso 168” têm como objetivo detectar gargalos e propiciar a interlocução entre a sociedade civil organizada, o Poder Executivo e o Parlamento.

Reportagem – Noéli Nobre
Edição – Marcelo Oliveira

Fonte: Câmara dos Deputados Federais

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MATO GROSSO

Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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